EFICÁCIA- A cidade de Londres está a fazer uma ofensiva junto das principais firmas de Silicon Valley para que elas estabeleçam as sedes das suas operações europeias na capital britânica. Esta ofensiva está a ser feita por uma agência público-privada que envolve o Mayor de Londres e empresas da cidade, a Think London. A agência garante que tem condições de garantir a instalação de novas empresas estrangeiras na cidade em apenas seis semanas, desde o registo da sociedade até todas as etapas da legalização e, inclusivamente, ajudando a encontrar instalações, assessorias legais e contabilísticas, equipamentos e recursos humanos. Ora digam-me lá: Lisboa, que tem um clima bem melhor que Londres, não podia também fazer um esforçozinho para se dar a conhecer nestes mercados em vez de andar fundamentalmente em romarias em feiras de construtores e promotores imobiliários?
SUDOESTE- O cartaz deste ano do Festival do Sudoeste é completamente arrasador e deixa a milhas de distância a bimbalhice pseudo-solidária do Rock In Rio Lisboa. Na sua décima edição, o Sudoeste, que decorre dias 3,4,5 e 6 de Agosto, tem um elenco internacional que apresenta, entre outros, Brazilian Girls, Prodigy, Goldfrapp, Marcelo D2, Madness e Daft Punk, entre outros. E entre os nacionais lá estarão Boss AC, Xutos & Pontapés, Gaiteiros de Lisboa, David Fonseca e Revistados. Muitos anos antes de o Rock In Rio vir sacar dinheiro aos portugueses já por cá se faziam grandes festivais. Longa vida ao Sudoeste!
VER – A exposição «Stargate», de Alexandre Estrela, a sua primeira grande mostra individual, surpreendente e incontornável, no Museu do Chiado até 17 de Setembro e nas palavras do Director do Museu, Pedro Lapa, «Esta exposição (…) reúne um amplo conjunto de trabalhos especialmente produzidos para o efeito, a par de outros mais antigos do seu vasto trabalho, que se integram no conceito orientador desta mostra: a ciência como ficção ou ficção científica como protensão do gesto artístico.»
DEVORAR – A edição de Agosto da revista «Vanity Fair», com Hilary Swank na capa e com três notáveis artigos: o relato de todas as peripécias à volta do filme sobre a vida da fantástica fotógrafa Diane Arbus, protagonizando Nicole Kidman, e que esteve 20 anos em desenvolvimento e concepção, acabando com um orçamento de 17 milhões de dólares; uma muito educativa investigação sobre a corrupção dos políticos em Washington; e uma bela entrevista com a cantora Sheryl Crow, em luta contra um cancro da mama.
LER - «Poemas e Cartas» de Emily Dickinson, uma antologia organizada já há algum tempo por Nuno Vieira de Almeida, baseada numa tradução de Nuno Júdice, e com edição da Cotovia. É um livro arrebatador, intenso, que faz saudades.
OUVIR – Jack Johnson nasceu e cresceu no Hawai, aprendeu a tocar guitarra ao mesmo tempo que começava a surfar, e talvez por isso as suas canções têm aquele contagiante entusiasmo dos discos bons para ouvir com o mar por perto. Foi isso mesmo o que fiz, com o CD «In Between Dreams», de Março deste ano, uma colecção de 14 canções simples (baixo, bateria, guitarra e voz), directas, sentidas e eficazes. Um conceito de produção minimalista, uma capacidade de escrita invulgar, uma maneira de cantar desprendida mas irresistível.
BACK TO BASICS – Às vezes não é pior parar para pensar (pensamento de férias)