PRIORIDADES FLUTUANTES
Um dos crónicos problemas portugueses, passados que estão 31 anos sobre o 25 de Abril, é a variação constante de prioridades do Estado. Nem naquelas coisas que deviam ser consensuais (como a educação, a saúde, a justiça), se conseguiu definir uma estratégia nacional que fosse seguida além da prática conjuntural (e ela própria também oscilante) do partido que está no poder.
A brincar a brincar já levamos em liberdade , assim por alto, 2/3 do tempo que levámos de ditadura – portanto isto não é bem o resultado de uma crise juvenil. Há aqui um problema de fundo que é preciso encarar de frente e arrisco-me a dizer que traçar uma estratégia que seja coerente, que tenha em conta as necesidades sociais básicas do país e que perspective um caminho consistente para o desenvolvimento, é a mais importante das tarefas que cabe a um futuro Presidente da República, já que os que até agora existiram não conseguiram criar essa plataforma de entendimento. Isto terá que ser feito, claro, com o Governo – mas a verdade é que os Governos são desgastados pelo imediatismo, pelas pressões internas dos partidos que os sustentam, pela dialéctica da guerrilha política e, por isso mesmo, não se conseguem distanciar o suficiente para no pós-eleitoral traçarem estratégias de médio-longo prazo.
Os anglo-saxões têm uma expressão - «jump out of the box» - que sempre me atraíu. Para criar algo novo é preciso sair dos mecanismos habituais, ser inconformista, liderar a opinião pública e não apenas seguir a que existe. Sem isso não vamos avançar grande coisa e havemos sempre de andar mais preocupados com a conjuntura do que com o futuro. E nada de novo acontecerá
Um dos crónicos problemas portugueses, passados que estão 31 anos sobre o 25 de Abril, é a variação constante de prioridades do Estado. Nem naquelas coisas que deviam ser consensuais (como a educação, a saúde, a justiça), se conseguiu definir uma estratégia nacional que fosse seguida além da prática conjuntural (e ela própria também oscilante) do partido que está no poder.
A brincar a brincar já levamos em liberdade , assim por alto, 2/3 do tempo que levámos de ditadura – portanto isto não é bem o resultado de uma crise juvenil. Há aqui um problema de fundo que é preciso encarar de frente e arrisco-me a dizer que traçar uma estratégia que seja coerente, que tenha em conta as necesidades sociais básicas do país e que perspective um caminho consistente para o desenvolvimento, é a mais importante das tarefas que cabe a um futuro Presidente da República, já que os que até agora existiram não conseguiram criar essa plataforma de entendimento. Isto terá que ser feito, claro, com o Governo – mas a verdade é que os Governos são desgastados pelo imediatismo, pelas pressões internas dos partidos que os sustentam, pela dialéctica da guerrilha política e, por isso mesmo, não se conseguem distanciar o suficiente para no pós-eleitoral traçarem estratégias de médio-longo prazo.
Os anglo-saxões têm uma expressão - «jump out of the box» - que sempre me atraíu. Para criar algo novo é preciso sair dos mecanismos habituais, ser inconformista, liderar a opinião pública e não apenas seguir a que existe. Sem isso não vamos avançar grande coisa e havemos sempre de andar mais preocupados com a conjuntura do que com o futuro. E nada de novo acontecerá