MAU – A prestação do Inspector Nunes, da ASAE, no Parlamento. O que disse, em resumo, é que os fins justificam os meios – princípio que o tem norteado. O que lhe falta em bom senso, sobra-lhe em arrogância. A questão do comportamento do Inspector é de princípio e é política: queremos uma autoridade policial que recorre a todos os meios para atingir os fins do seu responsável máximo?
PÉSSIMO – O que se anda a passar por aí com os problemas na rêde de gás é assustador. Alguém devia estudar o que está acontecer, ver o histórico, perceber como as coisas foram feitas há uns anos, ver quem deu instruções para que fossem adoptados procedimentos, quem eram os responsáveis, como se criaram e funcionam as fiscalizações.
O MUNDO AO CONTRÁRIO – O PSD dá mais nas vistas pelas clivagens internas do que pela oposição que de facto consegue fazer. No mais recente episódio o PSD ficou esmagado pela sombra do responsável da agência de comunicação que lhe devia tratar da imagem e que acaba por ter mais notoriedade que o próprio cliente…
INDEFESOS – Um português que tenha um problema de saúde e seja levado a colocar-se na mão do Estado tem motivos para ter receio – o que se tem passado nas urgências é capaz de pôr os cabelos em pé a qualquer um. Sem ovos não se fazem omoletas – alguém será capaz de explicar isto ao Ministro da Saúde?
PESADELO – Agora quando se sai de um prédio de escritórios o melhor é ir com uma ventoinha na mão para afastar as nuvens de fumo das concentrações de fumadores. Aqui está um desafio para os arquitectos que projectarem novos edifícios.
VER – As novas exposições propostas pela VPF Creamarte e pela Plataforma Revólver, ambas na Rua da Boavista nº84, perto do Mercado da Ribeira. Na VPF André Banha mostra as suas obras sob o aliciante título «Segurei-te o Pôr do Sol» e no andar de cima, na Plataforma Revolver, uma colectiva de novos artsitas sob a designação «Central Europa 2019» e que agrupa obras de Ivo, Joana Rosa, Margarida Dias Coelho, Tiago Borges e Rui Valério. De terça a sábado, das 14h00 às 19h30.
LER – A edição de Janeiro da revista «Vanity Fair» tem sobejos motivos de interesse: uma demolidora reportagem sobre os bastidores da vida de Rudy Giuliani, a história de capa com Katherine Heigl (a estrela de «Anatomia de Grey» e de alguns novos filmes) . As fotografias são excelentes e no site da revista há um vídeo sobre a sessão fotográfica. A ler ainda a história da vida de uma lenda de Hollywood, Angie Dickinson. A finalizar não percam as fotografias de Tim Walker a ilustrar um artigo sobre ingleses excêntricos.
OUVIR –.O novo disco de Cat Power, «Jukebox», uma recolha de canções célebres que pega em originais de Joni Mitchell, Bob Dylan, James Brown, Lee Clayton, Nick Cave e muitos outros. É um cancioneiro que atravessa diversas épocas, servido por arranjos discretos e eficazes, uma produção minimalista, tudo ao serviço da capacidade de interpretação de Cat Power, aqui bem destacada. Na FNAC há a edição especial com um segundo CD com mais cinco faixas extra, também versões.
BACK TO BASICS – «A política é com os políticos» - Santana Lopes sobre as reservas em ter no interior do seu Grupo Parlamentar a agência de comunicação contratada pelo PSD.