NOTAS DA CRISE
CURIOSO – Repararam nos apelos ao regresso do Bloco Central, à constituição de governos de iniciativa presidencial, que apareceram de repente na imprensa vindo de insuspeitos empresários?
ELEIÇÕES – E se do próximo acto eleitoral não sair uma maioria clara que proporcione um Governo estável? Reza a Constituição que nos primeiros seis meses de vida um Governo não pode ser demitido pelo Presidente e nos seis seguintes Sampaio já terá chegado à fase do mandato em que não pode dissolver a Assembleia. Num cenário de maioria pouco clara a crise promete arrastar-se até meados de 2006.
POR ACASO – Na verdade a degradação da classe política e do sistema político não é só de agora – vem de há muito, muito tempo. Por exemplo, do tempo das manobras do «Grupo da Sueca», do tempo do orçamento do queijo Limiano... Os males do país não são nada recentes.
SEBASTIANISMO – Uma das piores coisas da sociedade portuguesa é o constante remeter de soluções para um qualquer apelo messiânico. Em cada crise aparece um «desejado», o mito do regresso d’El Rei D. Sebastião continua a ser um dos expedientes mais utilizados como definição de estratégia política em Portugal. Na sociedade e dentro dos partidos. Mudar esta maneira de funcionar devia ser uma prioridade nacional.
REFORMAS – Da Lei das Rendas ao Código da Estrada, passando pelas portagens nas SCUDs, tudo vai ficar agora em águas de bacalhau. A dissolução afecta bem mais do que só o Parlamento e o Governo.
MISTÉRIO- Para além das aparências como se chegou aqui? Que coincidências se somaram, que vozes conversaram, que diálogos se travaram longe do público, como surgiram artigos e cartas, como se precipitaram crises? Há semanas que nas redacções dos media corriam rumores de que em Belém se estudavam os cenários para a dissolução do Parlamento.
BACK TO BASICS – Não é só a competência que conta, são também as ideias políticas que devem ser avaliadas.
A PERGUNTA DA SEMANA – Que quereria Marcelo Rebelo de Sousa dizer quando afirmou, há duas semanas, que o seu futuro seria conhecido em meados de Dezembro?
LEITURAS – Desde que o Presidente da República anunciou a intenção de dissolução a blogosfera tem sido o local ideal para medir sensibilidades e avaliar as ideias e os rumores. Blogs de leitura indispensável: www.ablasfemia.blogspot.com, www.causa-nossa.blogspot.com, www.aviz.blogspot.com, www.bloguitica.blogspot.com, www.abrupto.blogspot.com, www.oacidental.blogspot.com , www.aba-da-causa.blogspot.com, www.jaquinzinhos.blogspot.com.
SUGESTÃO – No Palácio de Belém e no Palácio de S.Bento o disco que todos deviam ouvir é «How To Dismantle An Atomic Bomb» dos U2 . A música é boa e pelo menos o título pode estimular o pensamento – já se viu que andam necessitados de estímulos.
CURIOSO – Repararam nos apelos ao regresso do Bloco Central, à constituição de governos de iniciativa presidencial, que apareceram de repente na imprensa vindo de insuspeitos empresários?
ELEIÇÕES – E se do próximo acto eleitoral não sair uma maioria clara que proporcione um Governo estável? Reza a Constituição que nos primeiros seis meses de vida um Governo não pode ser demitido pelo Presidente e nos seis seguintes Sampaio já terá chegado à fase do mandato em que não pode dissolver a Assembleia. Num cenário de maioria pouco clara a crise promete arrastar-se até meados de 2006.
POR ACASO – Na verdade a degradação da classe política e do sistema político não é só de agora – vem de há muito, muito tempo. Por exemplo, do tempo das manobras do «Grupo da Sueca», do tempo do orçamento do queijo Limiano... Os males do país não são nada recentes.
SEBASTIANISMO – Uma das piores coisas da sociedade portuguesa é o constante remeter de soluções para um qualquer apelo messiânico. Em cada crise aparece um «desejado», o mito do regresso d’El Rei D. Sebastião continua a ser um dos expedientes mais utilizados como definição de estratégia política em Portugal. Na sociedade e dentro dos partidos. Mudar esta maneira de funcionar devia ser uma prioridade nacional.
REFORMAS – Da Lei das Rendas ao Código da Estrada, passando pelas portagens nas SCUDs, tudo vai ficar agora em águas de bacalhau. A dissolução afecta bem mais do que só o Parlamento e o Governo.
MISTÉRIO- Para além das aparências como se chegou aqui? Que coincidências se somaram, que vozes conversaram, que diálogos se travaram longe do público, como surgiram artigos e cartas, como se precipitaram crises? Há semanas que nas redacções dos media corriam rumores de que em Belém se estudavam os cenários para a dissolução do Parlamento.
BACK TO BASICS – Não é só a competência que conta, são também as ideias políticas que devem ser avaliadas.
A PERGUNTA DA SEMANA – Que quereria Marcelo Rebelo de Sousa dizer quando afirmou, há duas semanas, que o seu futuro seria conhecido em meados de Dezembro?
LEITURAS – Desde que o Presidente da República anunciou a intenção de dissolução a blogosfera tem sido o local ideal para medir sensibilidades e avaliar as ideias e os rumores. Blogs de leitura indispensável: www.ablasfemia.blogspot.com, www.causa-nossa.blogspot.com, www.aviz.blogspot.com, www.bloguitica.blogspot.com, www.abrupto.blogspot.com, www.oacidental.blogspot.com , www.aba-da-causa.blogspot.com, www.jaquinzinhos.blogspot.com.
SUGESTÃO – No Palácio de Belém e no Palácio de S.Bento o disco que todos deviam ouvir é «How To Dismantle An Atomic Bomb» dos U2 . A música é boa e pelo menos o título pode estimular o pensamento – já se viu que andam necessitados de estímulos.
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