BOM –Mais um excelente artigo de A.M. Seabra no site www.artecapital.net , desta vez sobre o Estado enquanto entidade que encomenda obras de arte. Pegando em exemplos recentes, como a exposição do brasileiro Vik Muniz, A.M. Seabra questiona a forma descricionária das decisões e defende que «se entrou num regime de encomenda do que não deixam de ser “retratos oficiais”, de formatação propriamente de uma “arte oficial”, o que é demasiado sério e grave para não ser devidamente assinalado».
MAU – Ao longo de toda a semana a Ministra da Cultura deu mais uma vez mostra de não saber o que se passa no seu Ministério, arrastou-se na decisão, entrou em contradições, deixou instalar a confusão, criticou mais uma vez Directores sob a sua tutela e, sobretudo, deu enormes demonstrações de uma grande ignorância a propósito do leilão do quadro «Deposição de Cristo no Túmulo», uma obra do século XVIII do pintor veneziano Gianbattista Tiepolo.
O MUNDO AO CONTRÁRIO – António Costa fez-se eleger com promessas de eterna dedicação a Lisboa, garantiu que cumpriria o seu mandato contra ventos e marés. Esta semana, à primeira contrariedade, apareceu a dizer que se demitia, caso a Assembleia Municipal não aprove um empréstimo que pretende contrair. Duas observações, para refrescar a memória: grande parte da dívida para a qual se pretende o empréstimo veio de executivos autárquicos socialistas; e enquanto Ministro da Administração Interna António Costa fez vida negra às autarquias, e em especial penalizou muito precisamente a Câmara de Lisboa, retirando-lhe arbitrariamente receitas que lhe eram devidas, contribuindo assim directamente para o agravamento da situação financeira.
PETISCAR – Os petiscos estão em crise – a ASAE só quer comida embalada. Nem a Ginjinha do Rossio escapou.
DESCOBRIR – Os fãs das gravações da Deustche Grammophon que queiram fazer downloads do magífico catálogo clássico daquela editora ficarão satisfeitos por saberem que já abriu a DG Web Shop , em www.dgwebshop.com . A marca garante que os downloads têm um nível de qualidade áudio superior, poderão ser utilizados em qualquer leitor de MP3.
LER – Não se pode perder a edição de Dezembro da revista «Vanity Fair» com uma entrevista intimista a Julia Roberts, um excelente artigo do Prémio Nobel Joseph E. Steiglitz sobre a bomba relógio deixada na política económica por Bush, e um dossier sobre a explosão dos artistas chineses no mundo da arte contemporânea. Mais dois destaques : uma série de fotos de Annie Leibowitz sobre artistas, curadores, mecenas, designers, grandes nomes da moda - um autêntico «who’s who» das artes nova iorquinas; e uma entrevista a um dos mais surpreendentes artistas plásticos americanos contemporâneos, Richard Prince.
OUVIR – Verdadeiramente surpreendente o disco «Abril», de Cristina Branco, editado este mês. Desde o início do ano a cantora tem revisitado nos seus espectáculos a obra de José Afonso. O disco recupera essa experiência e agrupa 16 temas, do «Menino d’Oiro» a «Chamaram-me Cigano», passando por clássicos como «No Comboio Descendente», «Era Um Redondo Vocábulo» os incontornáveis «Cantigas de Maio» e «Venham Mais Cinco» ou o inovador «Os índios da Meia-praia». Destaque para a capa com fotografias de Augusto Brázio, para a rigorosa produção de Ricardo Dias (que toca piano e teclas no disco) e para o trabalho de grandes músicos como Mário Delgado na guitarra, Bernardo Moreira no baixo e Alexandre Frazão na bateria. Este é simplesmente um dos melhores discos portugueses dos últimos tempos e vale a pena reparar nos arranjos elegantes e inesperados (como «Canto Moço» e «Ronda das Mafarricas»). Este é um disco exemplar, uma evocação do génio de José Afonso. Cristina Branco vai no bom caminho: em vez de ser mais uma imitadora de standards, continua a surpreender, aqui na escolha do repertório, na produção, no ambiente musical criado.
VER – Eu acho que José Maçãs de Carvalho é dos mais interessantes fotógrafos portugueses contemporâneos e a sua evolução tem sido muito curiosa. Parte dessa evolução pode ser seguida com duas mostras dos seus trabalhos dos últimos anos: em fotografia na VPF Cream Art Gallery, sob o título «It’s A Lonely Planet» e, no andar de cima, na Plataforma Revólver, com os vídeos da série «Vídeo Killed The Painting Stars» - particularmente curioso o que mostra a decomposição da fotografia, a partir de uma imagem de Helmut Newton – duplamente provocador. A VPF e a Plataforma Revólver ficam na Rua da Boavista 84, Lisboa e as exposições podem ser vistas de terça a sábado entre as 14 e as 19h30, até 31 de Dezembro.
PERGUNTANDO… Será que a Multimédia, sem PT, vai resolver o mistério da não atribuição na TV Cabo de canais à TVI, no novo ano que está à porta?
BACK TO BASICS – A RTP , financiada pelos cidadãos e pelo Estado, deve fazer serviço público de rádio e de televisão – pode parecer uma evidência, mas vale a pena que o seu novo Conselho de Administração pense bem qual é, de facto, a sua missão.
MAU – Ao longo de toda a semana a Ministra da Cultura deu mais uma vez mostra de não saber o que se passa no seu Ministério, arrastou-se na decisão, entrou em contradições, deixou instalar a confusão, criticou mais uma vez Directores sob a sua tutela e, sobretudo, deu enormes demonstrações de uma grande ignorância a propósito do leilão do quadro «Deposição de Cristo no Túmulo», uma obra do século XVIII do pintor veneziano Gianbattista Tiepolo.
O MUNDO AO CONTRÁRIO – António Costa fez-se eleger com promessas de eterna dedicação a Lisboa, garantiu que cumpriria o seu mandato contra ventos e marés. Esta semana, à primeira contrariedade, apareceu a dizer que se demitia, caso a Assembleia Municipal não aprove um empréstimo que pretende contrair. Duas observações, para refrescar a memória: grande parte da dívida para a qual se pretende o empréstimo veio de executivos autárquicos socialistas; e enquanto Ministro da Administração Interna António Costa fez vida negra às autarquias, e em especial penalizou muito precisamente a Câmara de Lisboa, retirando-lhe arbitrariamente receitas que lhe eram devidas, contribuindo assim directamente para o agravamento da situação financeira.
PETISCAR – Os petiscos estão em crise – a ASAE só quer comida embalada. Nem a Ginjinha do Rossio escapou.
DESCOBRIR – Os fãs das gravações da Deustche Grammophon que queiram fazer downloads do magífico catálogo clássico daquela editora ficarão satisfeitos por saberem que já abriu a DG Web Shop , em www.dgwebshop.com . A marca garante que os downloads têm um nível de qualidade áudio superior, poderão ser utilizados em qualquer leitor de MP3.
LER – Não se pode perder a edição de Dezembro da revista «Vanity Fair» com uma entrevista intimista a Julia Roberts, um excelente artigo do Prémio Nobel Joseph E. Steiglitz sobre a bomba relógio deixada na política económica por Bush, e um dossier sobre a explosão dos artistas chineses no mundo da arte contemporânea. Mais dois destaques : uma série de fotos de Annie Leibowitz sobre artistas, curadores, mecenas, designers, grandes nomes da moda - um autêntico «who’s who» das artes nova iorquinas; e uma entrevista a um dos mais surpreendentes artistas plásticos americanos contemporâneos, Richard Prince.
OUVIR – Verdadeiramente surpreendente o disco «Abril», de Cristina Branco, editado este mês. Desde o início do ano a cantora tem revisitado nos seus espectáculos a obra de José Afonso. O disco recupera essa experiência e agrupa 16 temas, do «Menino d’Oiro» a «Chamaram-me Cigano», passando por clássicos como «No Comboio Descendente», «Era Um Redondo Vocábulo» os incontornáveis «Cantigas de Maio» e «Venham Mais Cinco» ou o inovador «Os índios da Meia-praia». Destaque para a capa com fotografias de Augusto Brázio, para a rigorosa produção de Ricardo Dias (que toca piano e teclas no disco) e para o trabalho de grandes músicos como Mário Delgado na guitarra, Bernardo Moreira no baixo e Alexandre Frazão na bateria. Este é simplesmente um dos melhores discos portugueses dos últimos tempos e vale a pena reparar nos arranjos elegantes e inesperados (como «Canto Moço» e «Ronda das Mafarricas»). Este é um disco exemplar, uma evocação do génio de José Afonso. Cristina Branco vai no bom caminho: em vez de ser mais uma imitadora de standards, continua a surpreender, aqui na escolha do repertório, na produção, no ambiente musical criado.
VER – Eu acho que José Maçãs de Carvalho é dos mais interessantes fotógrafos portugueses contemporâneos e a sua evolução tem sido muito curiosa. Parte dessa evolução pode ser seguida com duas mostras dos seus trabalhos dos últimos anos: em fotografia na VPF Cream Art Gallery, sob o título «It’s A Lonely Planet» e, no andar de cima, na Plataforma Revólver, com os vídeos da série «Vídeo Killed The Painting Stars» - particularmente curioso o que mostra a decomposição da fotografia, a partir de uma imagem de Helmut Newton – duplamente provocador. A VPF e a Plataforma Revólver ficam na Rua da Boavista 84, Lisboa e as exposições podem ser vistas de terça a sábado entre as 14 e as 19h30, até 31 de Dezembro.
PERGUNTANDO… Será que a Multimédia, sem PT, vai resolver o mistério da não atribuição na TV Cabo de canais à TVI, no novo ano que está à porta?
BACK TO BASICS – A RTP , financiada pelos cidadãos e pelo Estado, deve fazer serviço público de rádio e de televisão – pode parecer uma evidência, mas vale a pena que o seu novo Conselho de Administração pense bem qual é, de facto, a sua missão.
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