O PAPEL DOS INDEPENDENTES
Para mal dos nossos pecados, tentar imaginar a política sem partidos é como imaginar um campeonato de futebol sem equipas. Essencialmente a política é um jogo disputado por partidos rivais e alguém que queira entrar nesse jogo de uma forma independente em relação aos partidos está condenado à irrelevância. E, no entanto, à medida que se caminha para uma bipolarização mais evidente, torna-se também mais claro que um número crescente de pessoas não se revê na organização partidária à sua volta.
As recentes eleições portuguesas mostram uma coisa muito curiosa: existe uma massa cada vez maior de eleitorado que não se revê claramente em nenhum partido e vai alterando o seu voto, de um partido para outro, conforme as circunstâncias. Este eleitorado central parece comportar-se muitas vezes mais à direita em questões fiscais e económicas e mais à esquerda em matéria de políticas sociais.
De facto existe um número crescente de eleitores desencantados com um sistema partidário envelhecido e fechado. E existe um número crescente de pessoas, entre as quais me incluo, interessadas pela actividade política e por políticas sectoriais, que prefere viver à margem dos partidos existentes e que por isso mesmo tem dificuldade em encontrar espaço de acção fora dos grupos organizados.
Os partidos, sobretudo os dois maiores, gostam de colocar independentes na sua órbita, mas resistem a permitir uma maior participação efectiva dos independentes no sistema, fora das baias partidárias. Fazer uma reforma do sistema político que fomente o surgimento de candidaturas independentes a todos os níveis poderá trazer à actividade política muitos que hoje não se querem submeter às lógicas partidárias – ora aqui está um tema que podia ser patrocinado pelo Presidente da República.
Para mal dos nossos pecados, tentar imaginar a política sem partidos é como imaginar um campeonato de futebol sem equipas. Essencialmente a política é um jogo disputado por partidos rivais e alguém que queira entrar nesse jogo de uma forma independente em relação aos partidos está condenado à irrelevância. E, no entanto, à medida que se caminha para uma bipolarização mais evidente, torna-se também mais claro que um número crescente de pessoas não se revê na organização partidária à sua volta.
As recentes eleições portuguesas mostram uma coisa muito curiosa: existe uma massa cada vez maior de eleitorado que não se revê claramente em nenhum partido e vai alterando o seu voto, de um partido para outro, conforme as circunstâncias. Este eleitorado central parece comportar-se muitas vezes mais à direita em questões fiscais e económicas e mais à esquerda em matéria de políticas sociais.
De facto existe um número crescente de eleitores desencantados com um sistema partidário envelhecido e fechado. E existe um número crescente de pessoas, entre as quais me incluo, interessadas pela actividade política e por políticas sectoriais, que prefere viver à margem dos partidos existentes e que por isso mesmo tem dificuldade em encontrar espaço de acção fora dos grupos organizados.
Os partidos, sobretudo os dois maiores, gostam de colocar independentes na sua órbita, mas resistem a permitir uma maior participação efectiva dos independentes no sistema, fora das baias partidárias. Fazer uma reforma do sistema político que fomente o surgimento de candidaturas independentes a todos os níveis poderá trazer à actividade política muitos que hoje não se querem submeter às lógicas partidárias – ora aqui está um tema que podia ser patrocinado pelo Presidente da República.