A Cultura, agora?
Nos últimos meses a discussão sobre políticas reduziu-se quase exclusivamente às questões orçamentais. As discussões em volta das políticas económicas e fiscais monopolizou as atenções. Entre as políticas que deixaram de ser debatidas está a política cultural. Já repararam que deixou de haver debate sobre esta questão? Nos temas enunciados como eixos centrais do Fórum Novas Fronteiras o tema «cultura» não consta. De facto, não admira: para quê fazer oposição a uma política cultural que, de tão discreta, se tornou invisível?
A discussão entre políticas culturais costuma pôr em confronto uma política mais virada para a conservação do património, versus uma outra mais virada para a criação contemporânea. É uma falsa discussão, a própria cultura vive do balanço entre a tradição e a invenção.
Ligada à política cultural está a política da língua e não é demais referir que, hoje em dia, este assunto passa essencialmente pela existência de produção audiovisual e multimedia que garanta a sobrevivência da nossa língua e cultura em ecrans de televisão ou de computador. E passa também pela divulgação internacional da nossa capacidade criativa e da nossa tradição, como base para a afirmação de uma imagem externa do país que seja consonante com os objectivos do desenvolvimento económico.
Tudo isto – verdades básicas universalmente aceites – tem a ver com mantermos o nosso lugar no Mundo. Mas, se ninguém considerar o assunto importante, o tema da política cultural continuará eternamente arrumado como uma mania de uns intelectuais e artistas, confinado a um ghetto, mais ou menos subsidiado, mas sem reflexo na sociedade. É assim, infelizmente, que tem sido. E não devia ser – por isso é que vale a pena, agora, falar de Cultura.
Nos últimos meses a discussão sobre políticas reduziu-se quase exclusivamente às questões orçamentais. As discussões em volta das políticas económicas e fiscais monopolizou as atenções. Entre as políticas que deixaram de ser debatidas está a política cultural. Já repararam que deixou de haver debate sobre esta questão? Nos temas enunciados como eixos centrais do Fórum Novas Fronteiras o tema «cultura» não consta. De facto, não admira: para quê fazer oposição a uma política cultural que, de tão discreta, se tornou invisível?
A discussão entre políticas culturais costuma pôr em confronto uma política mais virada para a conservação do património, versus uma outra mais virada para a criação contemporânea. É uma falsa discussão, a própria cultura vive do balanço entre a tradição e a invenção.
Ligada à política cultural está a política da língua e não é demais referir que, hoje em dia, este assunto passa essencialmente pela existência de produção audiovisual e multimedia que garanta a sobrevivência da nossa língua e cultura em ecrans de televisão ou de computador. E passa também pela divulgação internacional da nossa capacidade criativa e da nossa tradição, como base para a afirmação de uma imagem externa do país que seja consonante com os objectivos do desenvolvimento económico.
Tudo isto – verdades básicas universalmente aceites – tem a ver com mantermos o nosso lugar no Mundo. Mas, se ninguém considerar o assunto importante, o tema da política cultural continuará eternamente arrumado como uma mania de uns intelectuais e artistas, confinado a um ghetto, mais ou menos subsidiado, mas sem reflexo na sociedade. É assim, infelizmente, que tem sido. E não devia ser – por isso é que vale a pena, agora, falar de Cultura.
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