DIGITAL – De acordo com um estudo da Datamonitor, na Europa e nos Estados Unidos existirão 187 milhões de lares com televisão digital em 2010, prevendo-se que o Velho Continente ultrapasse os Estados Unidos no final desse ano. O estudo prevê que, no final de 2009, 63% dos lares das duas regiões terão acesso à televisão digital. Actualmente já mais de 100 milhões de lares na Europa e Estados Unidos utilizam a televisão digital. Na Europa o mercado britânico é o mais desenvolvido, com uma penetração superior a 50%. O futuro não parece no entanto tão brilhante para a televisão por banda larga – na realidade as estimativas apontam para apenas 9% dos utilizadores a acederem ao digital por esta tecnologia (que inclui o acesso ADSL).
SILÊNCIO – Há silêncios muito ruidosos. No meio de toda a novela sobre a dimensão do controlo governamental da informação do serviço público, sente-se a falta de uma análise do provedor dos telespectadores ao alinhamento dos telejornais, em relação à questão em causa, o incêndio no Gerês.
FUTEBOL – Se dúvidas ainda existissem, a trapalhada no arranque da Liga e o somatório de disparates ditos e praticados por todas as partes na questão que opõe o Gil Vicente ao Belenenses, chegaria para demonstrar que o futebol continua a não ser visto nem como um desporto, nem como um saudável negócio de entretenimento, mas como um terreno de golpadas.
LER – A edição da revista «The Economist» do passado dia 26 de Setembro, com o título de capa «Who Killed The Newspaper?» - trata-se de uma das análises mais lúcidas sobre as origens da crise que atinge os jornais um pouco por todo o mundo. A revista dedica ao tema o editorial e um artigo de três páginas. O editorial abre com uma frase de Arthur Miller: «Um bom jornal, creio, é o país a falar consigo próprio». É daqui que se parte para uma visão desassombrada das relações entre poder político, poder económico e os media. No caso dos jornais mostra-se como o afastamento das realidades locais, do noticiário de proximidade, fez perder leitores; mostram-se exemplos de boa utilização das edições digitais, quer do ponto de vista editorial, quer do ponto de vista comercial. O artigo é muito reveladoramente intitulado «More media, less news». A qualidade e diversidade do conteúdo reflecte-se nas audiências – disso já ninguém tem dúvidas – e isso tem efeitos graves na publicidade. Estudos citados dizem que em 1995 a imprensa captava 36% do investimento publicitário global; esse número desceu para 30% em 2005 e cairá pelo menos para 25% em 2015. O artigo faz notar que as empresas de media são das únicas que praticamente não investem em investigação e desenvolvimento de novos produtos e novos negócios e mostra uma série de bons exemplos surgidos nos últimos tempos, num equilíbrio entre bom jornalismo e sentido comercial. Aqui está algo que devia fazer pensar algumas pessoas neste país.
OUVIR – Um dos discos mais emocionantes que ouvi este ano é a banda sonora do filme-documentário «Leonard Cohen – I’m Your Man», realizado por Lian Lunson. Todas as canções que integram esta banda sonora foram gravadas ao vivo no Brighton Festival de 2004, numa noite especial intitulada «Came So Far For Beauty: An Evening Of Leonard Cohen Songs». Este é daqueles discos que inevitavelmente nos fazem pensar em alguém e nos fazem sentir saudades. De entre os 16 temas destaco a versão de «I’m Your Man» por Nick Cave, a de «Sisters Of Mercy» por Beth Orton, a fantástica forma de Rufus Wainright cantar «Chelsea Hotel no. 2» e «Everybody Knows», ou the Antony interpretar «If It Will Be Your Will». Mas vale a pena também reter a forma como os The Handsome Family cantam «Famous Blue Raincoat», como Perla Batalla interpreta «Bird On The Wire» e uma versão de «Suzanne» por um trio de peso: Nick Cave, Julie Christensen e Perla Batalla. O disco, faltou dizer, termina com os U2 a acompanharem o próprio Leonard Cohen em «Tower Song». Claramente canções tórridas. (CD Universal).
CLÁSSICO – A esplanada do Toni, em Sesimbra, nas noites quentes. Experimentem as amêijoas, as gambas, se houver Imperador atirem-se a ele. Esta é uma daquelas marisqueiras históricas que continuam a ser incontornáveis. No centro de Sesimbra, Largo dos Bombaldes, tel 212 233 199.
BACK TO BASICS – Metade da população nunca leu um jornal e metade nunca votou – esperemos que seja a mesma metade (Gore Vidal).
SILÊNCIO – Há silêncios muito ruidosos. No meio de toda a novela sobre a dimensão do controlo governamental da informação do serviço público, sente-se a falta de uma análise do provedor dos telespectadores ao alinhamento dos telejornais, em relação à questão em causa, o incêndio no Gerês.
FUTEBOL – Se dúvidas ainda existissem, a trapalhada no arranque da Liga e o somatório de disparates ditos e praticados por todas as partes na questão que opõe o Gil Vicente ao Belenenses, chegaria para demonstrar que o futebol continua a não ser visto nem como um desporto, nem como um saudável negócio de entretenimento, mas como um terreno de golpadas.
LER – A edição da revista «The Economist» do passado dia 26 de Setembro, com o título de capa «Who Killed The Newspaper?» - trata-se de uma das análises mais lúcidas sobre as origens da crise que atinge os jornais um pouco por todo o mundo. A revista dedica ao tema o editorial e um artigo de três páginas. O editorial abre com uma frase de Arthur Miller: «Um bom jornal, creio, é o país a falar consigo próprio». É daqui que se parte para uma visão desassombrada das relações entre poder político, poder económico e os media. No caso dos jornais mostra-se como o afastamento das realidades locais, do noticiário de proximidade, fez perder leitores; mostram-se exemplos de boa utilização das edições digitais, quer do ponto de vista editorial, quer do ponto de vista comercial. O artigo é muito reveladoramente intitulado «More media, less news». A qualidade e diversidade do conteúdo reflecte-se nas audiências – disso já ninguém tem dúvidas – e isso tem efeitos graves na publicidade. Estudos citados dizem que em 1995 a imprensa captava 36% do investimento publicitário global; esse número desceu para 30% em 2005 e cairá pelo menos para 25% em 2015. O artigo faz notar que as empresas de media são das únicas que praticamente não investem em investigação e desenvolvimento de novos produtos e novos negócios e mostra uma série de bons exemplos surgidos nos últimos tempos, num equilíbrio entre bom jornalismo e sentido comercial. Aqui está algo que devia fazer pensar algumas pessoas neste país.
OUVIR – Um dos discos mais emocionantes que ouvi este ano é a banda sonora do filme-documentário «Leonard Cohen – I’m Your Man», realizado por Lian Lunson. Todas as canções que integram esta banda sonora foram gravadas ao vivo no Brighton Festival de 2004, numa noite especial intitulada «Came So Far For Beauty: An Evening Of Leonard Cohen Songs». Este é daqueles discos que inevitavelmente nos fazem pensar em alguém e nos fazem sentir saudades. De entre os 16 temas destaco a versão de «I’m Your Man» por Nick Cave, a de «Sisters Of Mercy» por Beth Orton, a fantástica forma de Rufus Wainright cantar «Chelsea Hotel no. 2» e «Everybody Knows», ou the Antony interpretar «If It Will Be Your Will». Mas vale a pena também reter a forma como os The Handsome Family cantam «Famous Blue Raincoat», como Perla Batalla interpreta «Bird On The Wire» e uma versão de «Suzanne» por um trio de peso: Nick Cave, Julie Christensen e Perla Batalla. O disco, faltou dizer, termina com os U2 a acompanharem o próprio Leonard Cohen em «Tower Song». Claramente canções tórridas. (CD Universal).
CLÁSSICO – A esplanada do Toni, em Sesimbra, nas noites quentes. Experimentem as amêijoas, as gambas, se houver Imperador atirem-se a ele. Esta é uma daquelas marisqueiras históricas que continuam a ser incontornáveis. No centro de Sesimbra, Largo dos Bombaldes, tel 212 233 199.
BACK TO BASICS – Metade da população nunca leu um jornal e metade nunca votou – esperemos que seja a mesma metade (Gore Vidal).
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