VENTO – Suporto a chuva, o frio (pelo menos o nosso) não me incomoda muito. Mas o vento dá cabo de mim. Não gosto do som do vento e muito menos de o sentir na pele. Faz-me dor de cabeça. Estes dias têm sido terríveis. A única vantagem visível deste vento é que os cheiros dos jasmins da Primavera parecem circular mais este ano.
FIM – O «Blitz» morreu, viva o «Blitz». Quando há 22 anos fundei e dirigi o jornal «Blitz» tive uma das mais gratificantes experiências da minha vida, podendo trabalhar em formatos gráficos com poucas regras e muita descoberta, subvertendo as regras tradicionais da escrita e apostando em imagens que eram aproximações diferentes à fotografia. Jornais assim têm ciclos de vida curtos e o «Blitz» teve um ciclo longo, felizmente partilhado por muita gente que ao longo dos anos lá colaborou. Às vezes apetece-me repetir o desafio e encontrar outra forma de o fazer, voltando a conjugar o grafismo, a fotografia e o texto, as minhas recorrentes paixões. Há três pessoas que não têm sido referidas nesta história e manda a justiça que se diga que foram elas que viabilizaram o projecto, dando-lhe meios para se fazer e permitindo todas as experiências – a Administração da CEIG na época: João Tito de Morais, Francisco Calheiros e José Lobato
PAPEL – Isto anda tudo ligado: nos Estados Unidos a editora Hachette Filipacchi suspendeu a publicação da revista «Elle Girl» em papel, mas decidiu continuá-la na Web e com conteúdos desenhados para plataformas móveis. Isto acontece num ano em que a revista teve um aumento de 46,1% nas páginas de publicidades vendidas e em que a circulação paga subiu 17,9% para um total de 601.000 exemplares por edição. Jack Kliger, o Presidente do grupo editorial sublinha que decidiu a mudança, apesar da boa performance da revista segundo os indicadores de referência, porque acredita que este tipo de projecto deve ser reorientado estrategicamente para formatos wireless e dispôs-se mesmo a reforçar os meios investidos na produção da revista.
FICÇÃO – Mão amiga fez-me chegar a edição da belíssima revista de Domingo do «El Pais» da semana passada. No artigo da última página o escritor Javier Marias propõe aos editores de jornais, revistas e outros media em geral que criem o cargo de «Detector de Ficções» , para acabar de vez com relatos falsos, notícias inventadas, fretes avulsos, «para pôr fim à venda de gato por lebre», tão frequente nos media de hoje em dia. Se o cargo fosse criado havia por aí muito jornal em que o respectivo titular não teria mãos a medir.
VER – Três propostas diferentes: a exposição XX, que assinala os 26 anos dos Encontros de Fotografia, no Centro de Artes Visuais de Coimbra; desenhos (não de arquitectura) do arquitecto Álvaro Siza na Galeria João Esteves de Oliveira, ao Chiado; e os trabalhos em grafite, tinta da china e acrílico de Diogo Pimentão na Fundação Carmona e Costa, na Rua Soeiro Pereira Gomes em Lisboa.
AGENDA – Serralves inaugura hoje as exposições de Pedro Morais e uma (quase) retropectiva de António Dacosta. Ficam até ao início de Julho.
LER – A edição de Março da revista «Egoísta», com as cidades como tema de fundo. Textos (entre outros) de Filipa Melo, António Mega Ferreira e Hugo Gonçalves, fotos (entre outros) de Amy Yoes, João Vilhena e Helmut Newton. Patrícia Reis edita a revista que Mário Assis Ferreira felizmente continua a viabilizar.
OUVIR – O concerto para piano nº1 de Brahms, com o pianista Krystian Zimerman e a Filarmónica de Berlim dirigida por Simon Rattle. Uma gravação fora de série fruto de um dinâmico encontro criativo. Edição Deustche Grammophon, distribuição Universal Music.
SÍTIO – Cerveja de fim de tarde no bar irlandês Hennessy’s, ao Cais do Sodré. Ampla escolha de cervejas, bom gin tónico.
O MELHOR DA SEMANA – Finalmente, arroz de bacalhau com coentros. Simples.
O PIOR DA SEMANA – O desastrado folhetim da Judiciária, em que o Ministro Alberto Costa resolveu desempenhar o papel de elefante em loja de porcelana. Quem tem falta de jeito não se devia meter na política, digo eu.
FIM – O «Blitz» morreu, viva o «Blitz». Quando há 22 anos fundei e dirigi o jornal «Blitz» tive uma das mais gratificantes experiências da minha vida, podendo trabalhar em formatos gráficos com poucas regras e muita descoberta, subvertendo as regras tradicionais da escrita e apostando em imagens que eram aproximações diferentes à fotografia. Jornais assim têm ciclos de vida curtos e o «Blitz» teve um ciclo longo, felizmente partilhado por muita gente que ao longo dos anos lá colaborou. Às vezes apetece-me repetir o desafio e encontrar outra forma de o fazer, voltando a conjugar o grafismo, a fotografia e o texto, as minhas recorrentes paixões. Há três pessoas que não têm sido referidas nesta história e manda a justiça que se diga que foram elas que viabilizaram o projecto, dando-lhe meios para se fazer e permitindo todas as experiências – a Administração da CEIG na época: João Tito de Morais, Francisco Calheiros e José Lobato
PAPEL – Isto anda tudo ligado: nos Estados Unidos a editora Hachette Filipacchi suspendeu a publicação da revista «Elle Girl» em papel, mas decidiu continuá-la na Web e com conteúdos desenhados para plataformas móveis. Isto acontece num ano em que a revista teve um aumento de 46,1% nas páginas de publicidades vendidas e em que a circulação paga subiu 17,9% para um total de 601.000 exemplares por edição. Jack Kliger, o Presidente do grupo editorial sublinha que decidiu a mudança, apesar da boa performance da revista segundo os indicadores de referência, porque acredita que este tipo de projecto deve ser reorientado estrategicamente para formatos wireless e dispôs-se mesmo a reforçar os meios investidos na produção da revista.
FICÇÃO – Mão amiga fez-me chegar a edição da belíssima revista de Domingo do «El Pais» da semana passada. No artigo da última página o escritor Javier Marias propõe aos editores de jornais, revistas e outros media em geral que criem o cargo de «Detector de Ficções» , para acabar de vez com relatos falsos, notícias inventadas, fretes avulsos, «para pôr fim à venda de gato por lebre», tão frequente nos media de hoje em dia. Se o cargo fosse criado havia por aí muito jornal em que o respectivo titular não teria mãos a medir.
VER – Três propostas diferentes: a exposição XX, que assinala os 26 anos dos Encontros de Fotografia, no Centro de Artes Visuais de Coimbra; desenhos (não de arquitectura) do arquitecto Álvaro Siza na Galeria João Esteves de Oliveira, ao Chiado; e os trabalhos em grafite, tinta da china e acrílico de Diogo Pimentão na Fundação Carmona e Costa, na Rua Soeiro Pereira Gomes em Lisboa.
AGENDA – Serralves inaugura hoje as exposições de Pedro Morais e uma (quase) retropectiva de António Dacosta. Ficam até ao início de Julho.
LER – A edição de Março da revista «Egoísta», com as cidades como tema de fundo. Textos (entre outros) de Filipa Melo, António Mega Ferreira e Hugo Gonçalves, fotos (entre outros) de Amy Yoes, João Vilhena e Helmut Newton. Patrícia Reis edita a revista que Mário Assis Ferreira felizmente continua a viabilizar.
OUVIR – O concerto para piano nº1 de Brahms, com o pianista Krystian Zimerman e a Filarmónica de Berlim dirigida por Simon Rattle. Uma gravação fora de série fruto de um dinâmico encontro criativo. Edição Deustche Grammophon, distribuição Universal Music.
SÍTIO – Cerveja de fim de tarde no bar irlandês Hennessy’s, ao Cais do Sodré. Ampla escolha de cervejas, bom gin tónico.
O MELHOR DA SEMANA – Finalmente, arroz de bacalhau com coentros. Simples.
O PIOR DA SEMANA – O desastrado folhetim da Judiciária, em que o Ministro Alberto Costa resolveu desempenhar o papel de elefante em loja de porcelana. Quem tem falta de jeito não se devia meter na política, digo eu.
<< Home