UM MINISTRO CONTRA LISBOA
Em qualquer boa história há sempre os bons e os maus. Na semana passada confirmou-se como os papéis se distribuem dentro do Governo. Há Ministros que servem para lançar sarilhos, são os maus da fita; e há o Primeiro-Ministro, sempre apaziguador, que sem contrariar ninguém vai lançando água na fervura, mesmo quando se fica com a impressão de que poderá ter sido ele a levantar a intensidade da chama.
Um caso particularmente interessante de terrorismo institucional é dado pelo Ministro Mário Lino, que utiliza as Obras Públicas como património de acção política. Na semana passada veio marcar a agenda de Lisboa, com a questão das obras do Metropolitano na envolvente do Túnel do Marquês. Na prática o que Mário Lino fez foi condicionar e achincalhar o Presidente da Câmara de Lisboa, dizendo-lhe que não é ele quem manda na cidade, e impondo que é o Ministro quem decide o calendário de obras e inaugurações.
O estranho disto tudo é que o Presidente da Câmara tenha ficado no silêncio absoluto, submisso, sem reacção e, sobretudo, sem vir dizer claro e em bom português o que acha das interferências do Senhor Ministro.
O peso político ganha-se e constrói-se, a autoridade conquista-se, a luta política não é uma dança de salão nem um grupo excursionista. Quando a capital de um país é descriminada e abusada por ser de cor política diferente do Governo convém que haja alguém que fale grosso para um Ministro que continua a ser o responsável por ter o Terreiro do Paço esventrado há anos – e suspeita-se que o plano para o Marquês do Pombal seja o mesmo. No fundo o plano de acção do Ministério das Obras Públicas é o a-b-c do terrorismo: lançar o caos na cidade.
Em qualquer boa história há sempre os bons e os maus. Na semana passada confirmou-se como os papéis se distribuem dentro do Governo. Há Ministros que servem para lançar sarilhos, são os maus da fita; e há o Primeiro-Ministro, sempre apaziguador, que sem contrariar ninguém vai lançando água na fervura, mesmo quando se fica com a impressão de que poderá ter sido ele a levantar a intensidade da chama.
Um caso particularmente interessante de terrorismo institucional é dado pelo Ministro Mário Lino, que utiliza as Obras Públicas como património de acção política. Na semana passada veio marcar a agenda de Lisboa, com a questão das obras do Metropolitano na envolvente do Túnel do Marquês. Na prática o que Mário Lino fez foi condicionar e achincalhar o Presidente da Câmara de Lisboa, dizendo-lhe que não é ele quem manda na cidade, e impondo que é o Ministro quem decide o calendário de obras e inaugurações.
O estranho disto tudo é que o Presidente da Câmara tenha ficado no silêncio absoluto, submisso, sem reacção e, sobretudo, sem vir dizer claro e em bom português o que acha das interferências do Senhor Ministro.
O peso político ganha-se e constrói-se, a autoridade conquista-se, a luta política não é uma dança de salão nem um grupo excursionista. Quando a capital de um país é descriminada e abusada por ser de cor política diferente do Governo convém que haja alguém que fale grosso para um Ministro que continua a ser o responsável por ter o Terreiro do Paço esventrado há anos – e suspeita-se que o plano para o Marquês do Pombal seja o mesmo. No fundo o plano de acção do Ministério das Obras Públicas é o a-b-c do terrorismo: lançar o caos na cidade.
<< Home