A CONFUSÃO NACIONAL
Em grande parte das democracias da União Europeia o espectro partidário é marcado por um grande partido à direita e um grande partido à esquerda. Com o triunfo de algumas ideias liberais alguns dos partidos à esquerda têm-se reposicionado no centro – como é o caso dos Trabalhistas britânicos e, alguns partidos de direita, têm adoptado políticas sociais, fazendo o mesmo caminho em sentido inverso. Este é o quadro-resumo da tendência política na Europa e a recente união na acção entre a CDU e o SPD na Alemanha consubstancia um pouco a tendência que parece dominante – acaba por ser mais um pacto de regime do que uma coligação no sentido tradicional do termo.
A situação em Portugal – que ainda hoje é o retrato emergente do 25 de Novembro de há 30 anos atrás – é a de um partido socialista que de facto é social-democrata, de um Partido Social-Democrata que foi sempre confuso do ponto de vista ideológico e de um CDS/PP que foi quase sempre mais conservador do que liberal. No fundo temos dois partidos que se tocam e confundem (PS e PSD) e outro que oscila.
Mais marcados pelos seus fundadores e dirigentes – no fundo por personalidades – do que por um ideário e posicionamento claros, os partidos portugueses entraram num período de total confusão – e o resto do sistema político claro que os segue dedicadamente. No fundo o que se está a passar na falta de debate das eleições presidenciais é prova disso mesmo. Cada candidato deve ter um programa em que todos possamos perceber aquilo que cada um pretende estimular, e aquilo que quer contrariar. Para isto não é preciso revisão de poderes presidenciais, apenas frontalidade e clareza. De uma forma ou de outra, todos os presidentes estimulam e contrariam. Mais vale que saibamos antes qual o rumo concreto de cada um.
Em grande parte das democracias da União Europeia o espectro partidário é marcado por um grande partido à direita e um grande partido à esquerda. Com o triunfo de algumas ideias liberais alguns dos partidos à esquerda têm-se reposicionado no centro – como é o caso dos Trabalhistas britânicos e, alguns partidos de direita, têm adoptado políticas sociais, fazendo o mesmo caminho em sentido inverso. Este é o quadro-resumo da tendência política na Europa e a recente união na acção entre a CDU e o SPD na Alemanha consubstancia um pouco a tendência que parece dominante – acaba por ser mais um pacto de regime do que uma coligação no sentido tradicional do termo.
A situação em Portugal – que ainda hoje é o retrato emergente do 25 de Novembro de há 30 anos atrás – é a de um partido socialista que de facto é social-democrata, de um Partido Social-Democrata que foi sempre confuso do ponto de vista ideológico e de um CDS/PP que foi quase sempre mais conservador do que liberal. No fundo temos dois partidos que se tocam e confundem (PS e PSD) e outro que oscila.
Mais marcados pelos seus fundadores e dirigentes – no fundo por personalidades – do que por um ideário e posicionamento claros, os partidos portugueses entraram num período de total confusão – e o resto do sistema político claro que os segue dedicadamente. No fundo o que se está a passar na falta de debate das eleições presidenciais é prova disso mesmo. Cada candidato deve ter um programa em que todos possamos perceber aquilo que cada um pretende estimular, e aquilo que quer contrariar. Para isto não é preciso revisão de poderes presidenciais, apenas frontalidade e clareza. De uma forma ou de outra, todos os presidentes estimulam e contrariam. Mais vale que saibamos antes qual o rumo concreto de cada um.
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