OS NEGÓCIOS DA OTA
O Governo anunciou que a construção do novo aeroporto na OTA vai avançar. Anunciou-o em jeito de guerra a quem se lhe opõe. Na prática, disse que a OTA avança contra tudo e contra todos. Em parte é assim, mas como existem bastas suspeitas de que também avança porque pode favorecer alguns, é no mínimo de elementar justiça que tudo fique bem transparente.
Para ir direito ao assunto, deve ser esclarecida a questão da propriedade dos terrenos na zona onde eventualmente nascerá o novo aeroporto. Desde que a localização foi anunciada circulam histórias que envolvem muita gente, uma mais pública, outra menos. Para que o regime não se desacredite ainda mais é de elementar bom senso fazer uma investigação séria sobre as trocas de propriedade de terrenos na região nos últimos anos. As suspeitas de que tenha havido utilização de informação privilegiada em negócios imobiliários existem. Para que o boato não se torne incontrolável, nada como apurar a verdade.
Agora, o estilo: o Governo anunciou uma certeza, que nomeadamente tem repercussões em Lisboa, sem ter trabalhado seriamente o assunto com a autarquia. Carmona Rodrigues teve razão no seu discurso de posse – que ao contrário do que alguns disseram não foi essencialmente político – foi técnico e ele apontou bem os parâmetros. Só que o Governo persiste em ignorar o que pessoas sensatas dizem – aquele local não serve bem Lisboa e vai provocar graves prejuízos. Leiam, por exemplo, o que sobre a matéria disse Belmiro de Azevedo, ao colocar fortes reservas à prioridade e rentabilidade de um investimento como a OTA.
Resta-me uma suspeita: se a OTA for para a frente, mais que um negócio vão ser geradas muitas negociatas. Negociatas que hão-de, também, servir para alimentar muitas campanhas eleitorais nos próximos anos. Ninguém me tira da cabeça que isso é das fortes razões para que os políticos queiram que avance o que os técnicos dizem que não faz sentido ser feito.
O Governo anunciou que a construção do novo aeroporto na OTA vai avançar. Anunciou-o em jeito de guerra a quem se lhe opõe. Na prática, disse que a OTA avança contra tudo e contra todos. Em parte é assim, mas como existem bastas suspeitas de que também avança porque pode favorecer alguns, é no mínimo de elementar justiça que tudo fique bem transparente.
Para ir direito ao assunto, deve ser esclarecida a questão da propriedade dos terrenos na zona onde eventualmente nascerá o novo aeroporto. Desde que a localização foi anunciada circulam histórias que envolvem muita gente, uma mais pública, outra menos. Para que o regime não se desacredite ainda mais é de elementar bom senso fazer uma investigação séria sobre as trocas de propriedade de terrenos na região nos últimos anos. As suspeitas de que tenha havido utilização de informação privilegiada em negócios imobiliários existem. Para que o boato não se torne incontrolável, nada como apurar a verdade.
Agora, o estilo: o Governo anunciou uma certeza, que nomeadamente tem repercussões em Lisboa, sem ter trabalhado seriamente o assunto com a autarquia. Carmona Rodrigues teve razão no seu discurso de posse – que ao contrário do que alguns disseram não foi essencialmente político – foi técnico e ele apontou bem os parâmetros. Só que o Governo persiste em ignorar o que pessoas sensatas dizem – aquele local não serve bem Lisboa e vai provocar graves prejuízos. Leiam, por exemplo, o que sobre a matéria disse Belmiro de Azevedo, ao colocar fortes reservas à prioridade e rentabilidade de um investimento como a OTA.
Resta-me uma suspeita: se a OTA for para a frente, mais que um negócio vão ser geradas muitas negociatas. Negociatas que hão-de, também, servir para alimentar muitas campanhas eleitorais nos próximos anos. Ninguém me tira da cabeça que isso é das fortes razões para que os políticos queiram que avance o que os técnicos dizem que não faz sentido ser feito.
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