TEREI PINTADO O CABELO DE LOURO?
Quando soube das notícias sobre os aumentos nos impostos achei que tinha pintado o cabelo de louro e vivia na Suécia. É certo que temos um clima melhor, mas quase tudo o resto é pior, nomeadamente os serviços proporcionados aos cidadãos. O Estado quer que sejamos solidários com ele, mas não se mostra solidário connosco. Vai buscar mais a quem já paga bastante, sem nada oferecer, mas permanece receoso de afrontar os caciques locais com a questão das scuts e de aplicar o princípio, justíssimo, de que quem as utiliza é quem as deve pagar.
Das medidas anunciadas na semana passada salta uma coisa à vista: quem trabalha por conta de outrem é quem é mais uma vez penalizado. Convém sermos realistas: não estamos a falar de perseguir os incumpridores, estamos a falar de quem já hoje paga muito ao Estado todos os meses e que vai passar a trabalhar seis meses por ano apenas para pagar impostos e taxas directas.
A qualquer cidadão custa a acreditar que os responsáveis dos principais partidos, candidatos a Primeiro Ministro, não soubessem qual era a situação do país. Simplesmente não é credível que ignorassem o problema do deficit, que, além de variações conjunturais, é estrutural.
No meio da nova gritaria sobre as finanças públicas estranhei um silêncio – desta vez não se ouviu ainda o Presidente da República a falar da obsessão pelo deficit.
Fazer uma campanha e ganhar eleições a prometer uma coisa e, depois, fazer outra, é uma das formas de desacreditar o regime. Como é que se chama à forma de governo na qual exercem o poder aqueles que, com o verbo fácil, iludem as massas com falsas promessas? Se disserem demagogia acertam em pleno. A definição não é minha, vem nos dicionários.
Quando soube das notícias sobre os aumentos nos impostos achei que tinha pintado o cabelo de louro e vivia na Suécia. É certo que temos um clima melhor, mas quase tudo o resto é pior, nomeadamente os serviços proporcionados aos cidadãos. O Estado quer que sejamos solidários com ele, mas não se mostra solidário connosco. Vai buscar mais a quem já paga bastante, sem nada oferecer, mas permanece receoso de afrontar os caciques locais com a questão das scuts e de aplicar o princípio, justíssimo, de que quem as utiliza é quem as deve pagar.
Das medidas anunciadas na semana passada salta uma coisa à vista: quem trabalha por conta de outrem é quem é mais uma vez penalizado. Convém sermos realistas: não estamos a falar de perseguir os incumpridores, estamos a falar de quem já hoje paga muito ao Estado todos os meses e que vai passar a trabalhar seis meses por ano apenas para pagar impostos e taxas directas.
A qualquer cidadão custa a acreditar que os responsáveis dos principais partidos, candidatos a Primeiro Ministro, não soubessem qual era a situação do país. Simplesmente não é credível que ignorassem o problema do deficit, que, além de variações conjunturais, é estrutural.
No meio da nova gritaria sobre as finanças públicas estranhei um silêncio – desta vez não se ouviu ainda o Presidente da República a falar da obsessão pelo deficit.
Fazer uma campanha e ganhar eleições a prometer uma coisa e, depois, fazer outra, é uma das formas de desacreditar o regime. Como é que se chama à forma de governo na qual exercem o poder aqueles que, com o verbo fácil, iludem as massas com falsas promessas? Se disserem demagogia acertam em pleno. A definição não é minha, vem nos dicionários.
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