RICOCHETE - Estatística recente diz que Portugal é, de entre todos os Estados da União Europeia alargada, aquele onde se verifica maior fosso entre os muito ricos e os muito pobres e, também, aquele que tem maior percentagem da população (20%) nos níveis de pobreza. Esta é uma das razões pelas quais faz sentido considerar como prioridade nacional medidas de carácter social que possam contribuir para melhorar esta situação. Isto só se conseguirá se o Estado tiver mais meios, ou seja, se conseguir diminuir a despesa noutros sectores. É provavelmente este raciocínio que leva a tocar naquilo que tem sido sempre intocável – uma classe média relativamente recente, mas ainda muito instável e insegura, que não é pobre, mas está longe de ser abastada – e que vive dilacerada no receio da falência do Estado-providência. A ideia, justa, de que o Estado deve seguir o princípio de utilizador-pagador tem certamente por objectivo libertar recursos para implementar políticas sociais para os mais desfavorecidos. Mas as medidas sociais devem sempre ser pensadas para não provocar ricochete, para não se virarem contra quem as implementa – esse é um princípio base da acção política, sobretudo daquela que tem por objectivo defender os interesses dos mais fracos e criar igualdade de oportunidades. Em matéria de política social a coligação vive um dilema: pode o PP ficar com a fama de polícia bom, e o PSD viver com a de polícia mau? A política não pode ser um remake de brincadeiras de «polícias & ladrões».
INTERESSANTE - O Ministério francês da Cultura e Comunicação anunciou que os canais subvencionados pelo Estado, Arte e grupo France Telévision, teriam um aumento de 2,3% nas dotações previstas no orçamento de 2005.
RÁDIO - Lee Abrams foi o homem que nos anos 70 revolucionou a rádio nos Estados Unidos e, depois na Europa. Foi um dos gurus das playlists e das rádios formatadas – como as pioneiras AOR (Album Oriented Rock) - e um dos pioneiros da pesquisa de gostos dos ouvintes.. Pelo caminho, é certo, acabou por contribuir para matar a inovação em matéria musical – mas descobriu como fidelizar audiências. Agora ele está de novo na berra com o trabalho que tem feito na XM, um conjunto de estações de rádio digital de transmissão satélite, que cobrem todos os Estados Unidos. Os novos carros vêm equipados com receptores que permitem ouvir o sinal, mediante o pagamento de uma assinatura de dez dólares mensais. Já existem 2,5 milhões de assinantes e as perspectivas apontam para 20 milhões em 1910. As técnicas de compressão digital que a emissão satélite permite, possibilitam que a XM tenha mais de 130 canais diferentes, cada um para seu género musical, algumas mesmo para pequenos grupos. Os observadores dizem que a XM, e o trabalho de Lee Abrams, estão a revolucionar a rádio e a devolver-lhe o estatuto que ela tinha há duas décadas atrás. Aqui está uma história para seguir. O Governo federal americano concedeu as duas primeiras licenças de emissão rádio via satélite em 1997. E por cá?
BACK TO BASICS – Em democracia há Governo e há oposição.
A PERGUNTA DA SEMANA – O que é que marcou mais o Congresso do PS: a entrada de telepontos na actividade política ou o discurso de Jaime Gama?
O MELHOR DA SEMANA – O artigo «Reféns de Nós Próprios», de João Carlos Espada, no «Expresso» do passado sábado. Excerto: «Temos um sistema soviético de educação, totalmente dirigido por burocratas e computadores, com emprego garantido para quem já o tem, com salários médios superiores ao da OCDE , e totalmente indiferente aos resultados obtidos por cada escola e por cada professor».
O PIOR DA SEMANA – Em Portugal, no ano de 2003, não foram feitas 143 mil análises para assegurar os níveis de qualidade da água, de entre as cerca de um milhão que são obrigatórias.
RECOMENDAÇÃO – O CD «Índigo», de Bernardo Sassetti.
INTERESSANTE - O Ministério francês da Cultura e Comunicação anunciou que os canais subvencionados pelo Estado, Arte e grupo France Telévision, teriam um aumento de 2,3% nas dotações previstas no orçamento de 2005.
RÁDIO - Lee Abrams foi o homem que nos anos 70 revolucionou a rádio nos Estados Unidos e, depois na Europa. Foi um dos gurus das playlists e das rádios formatadas – como as pioneiras AOR (Album Oriented Rock) - e um dos pioneiros da pesquisa de gostos dos ouvintes.. Pelo caminho, é certo, acabou por contribuir para matar a inovação em matéria musical – mas descobriu como fidelizar audiências. Agora ele está de novo na berra com o trabalho que tem feito na XM, um conjunto de estações de rádio digital de transmissão satélite, que cobrem todos os Estados Unidos. Os novos carros vêm equipados com receptores que permitem ouvir o sinal, mediante o pagamento de uma assinatura de dez dólares mensais. Já existem 2,5 milhões de assinantes e as perspectivas apontam para 20 milhões em 1910. As técnicas de compressão digital que a emissão satélite permite, possibilitam que a XM tenha mais de 130 canais diferentes, cada um para seu género musical, algumas mesmo para pequenos grupos. Os observadores dizem que a XM, e o trabalho de Lee Abrams, estão a revolucionar a rádio e a devolver-lhe o estatuto que ela tinha há duas décadas atrás. Aqui está uma história para seguir. O Governo federal americano concedeu as duas primeiras licenças de emissão rádio via satélite em 1997. E por cá?
BACK TO BASICS – Em democracia há Governo e há oposição.
A PERGUNTA DA SEMANA – O que é que marcou mais o Congresso do PS: a entrada de telepontos na actividade política ou o discurso de Jaime Gama?
O MELHOR DA SEMANA – O artigo «Reféns de Nós Próprios», de João Carlos Espada, no «Expresso» do passado sábado. Excerto: «Temos um sistema soviético de educação, totalmente dirigido por burocratas e computadores, com emprego garantido para quem já o tem, com salários médios superiores ao da OCDE , e totalmente indiferente aos resultados obtidos por cada escola e por cada professor».
O PIOR DA SEMANA – Em Portugal, no ano de 2003, não foram feitas 143 mil análises para assegurar os níveis de qualidade da água, de entre as cerca de um milhão que são obrigatórias.
RECOMENDAÇÃO – O CD «Índigo», de Bernardo Sassetti.
<< Home