DEBATE – Apesar dos ataques pessoais iniciais – às vezes a roçarem a intriga - o debate em torno das eleições para Secretário-Geral significa um considerável avanço em termos da actividade partidária em Portugal. Na verdade trata-se de umas eleições primárias entre vários candidatos do mesmo partido, que durante umas semanas mostraram diferenças, expuseram divergências, delinearam estratégias e tácticas para o futuro. É um bom princípio – contraria a perversão do unanimismo, os debates redutores dos Congressos (cada vez menos interessantes...), estende a discussão à própria sociedade. É certo que o modelo das «primárias», nos Estados Unidos, dura vários meses e acaba por ser o processo determinante – lá as Convenções são apenas um ritual de celebração, mais mediático que outra coisa, e tão previsível que as próprias televisões já começaram a deixar de lhes dar grande importância. O PS foi o primeiro partido a seguir, e bem, esta via que, por acaso, já havia sido proposta para o PSD há uns anos por Pedro Santana Lopes.
AULAS – Vale a pena recordar aqui uma questão básica: a primeira obrigação do Estado é em relação aos alunos. Isto parece uma evidência mas o que é facto é que, ao longo dos anos, o Ministério da Educação tem conseguido afastar-se progressivamente dos alunos, parecendo apostado em ser mais uma estrutura de defesa dos professores do que dos educandos. Acho que não é exagero dizer-se que todo o funcionamento do Ministério da Educação se organiza em torno das carreiras dos Professores, dos seus direitos, do que dos deveres do Estado para com os alunos e suas famílias. Talvez esteja aqui, nesta recorrente forma de pensar e trabalhar no Ministério da Educação ao longo de décadas, uma das explicações para todos os problemas que nos últimas semanas saltaram para a opinião pública. E este era um bom assunto a debater: quem deve o Ministério da Educação considerar uma prioridade?
PARLAMENTO – Leio nos jornais e não acredito: «deputados faltaram em massa ao debate sobre o novo código da estrada». O que se passa nas estradas portuguesas brada aos céus, a mudança do Código é imperiosa, a penalização severa das infracções é uma necessidade, a actualização dos conceitos e das regras uma evidência e os deputados não querem saber? Milhares de acidentes e de vítimas não são motivo suficiente para motivarem o plenário, que se enche por qualquer querela política de sgunda no período de antes da ordem do dia? Mas mais espantoso ainda é ter lido algures que alguma oposição classificava de repressivas em excesso algumas das novas medidas previstas. E como classificam a atitude do juiz que mandou em liberdade, sem medidas de coacção, sem sequer interdição de condução, o responsável por um acidente que numa noite destas matou duas jovens em pleno centro de Lisboa e ainda por cima se pôs em fuga?
BACK TO BASICS – Fazer é melhor que falar.
O MELHOR DA SEMANA – O terminal rodoviário foi para Sete Rios e no seu antigo local, no Arco do Cego, vai nascer um jardim. Aos poucos a cidade vai mudando.
O PIOR DA SEMANA – O Sporting- Marítimo.
A PERGUNTA – Será que os clubes de futebol não sabem que quando vendem direitos de transmissão dos jogos são supostos venderem espectáculo e não apenas imagens de 22 homens a correrem num relvado?
SUGESTÃO – A arrebatadora interpretação dos Scherzi e Impromptus de Chopin pelo pianista chinês Yundi Li, sim o do anúncio da Nike.
AULAS – Vale a pena recordar aqui uma questão básica: a primeira obrigação do Estado é em relação aos alunos. Isto parece uma evidência mas o que é facto é que, ao longo dos anos, o Ministério da Educação tem conseguido afastar-se progressivamente dos alunos, parecendo apostado em ser mais uma estrutura de defesa dos professores do que dos educandos. Acho que não é exagero dizer-se que todo o funcionamento do Ministério da Educação se organiza em torno das carreiras dos Professores, dos seus direitos, do que dos deveres do Estado para com os alunos e suas famílias. Talvez esteja aqui, nesta recorrente forma de pensar e trabalhar no Ministério da Educação ao longo de décadas, uma das explicações para todos os problemas que nos últimas semanas saltaram para a opinião pública. E este era um bom assunto a debater: quem deve o Ministério da Educação considerar uma prioridade?
PARLAMENTO – Leio nos jornais e não acredito: «deputados faltaram em massa ao debate sobre o novo código da estrada». O que se passa nas estradas portuguesas brada aos céus, a mudança do Código é imperiosa, a penalização severa das infracções é uma necessidade, a actualização dos conceitos e das regras uma evidência e os deputados não querem saber? Milhares de acidentes e de vítimas não são motivo suficiente para motivarem o plenário, que se enche por qualquer querela política de sgunda no período de antes da ordem do dia? Mas mais espantoso ainda é ter lido algures que alguma oposição classificava de repressivas em excesso algumas das novas medidas previstas. E como classificam a atitude do juiz que mandou em liberdade, sem medidas de coacção, sem sequer interdição de condução, o responsável por um acidente que numa noite destas matou duas jovens em pleno centro de Lisboa e ainda por cima se pôs em fuga?
BACK TO BASICS – Fazer é melhor que falar.
O MELHOR DA SEMANA – O terminal rodoviário foi para Sete Rios e no seu antigo local, no Arco do Cego, vai nascer um jardim. Aos poucos a cidade vai mudando.
O PIOR DA SEMANA – O Sporting- Marítimo.
A PERGUNTA – Será que os clubes de futebol não sabem que quando vendem direitos de transmissão dos jogos são supostos venderem espectáculo e não apenas imagens de 22 homens a correrem num relvado?
SUGESTÃO – A arrebatadora interpretação dos Scherzi e Impromptus de Chopin pelo pianista chinês Yundi Li, sim o do anúncio da Nike.
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