OPORTUNIDADE – O concurso para as redes de Televisão Digital Terrestre é uma oportunidade única para remediar o muito que vai mal na atribuição de licenças de televisão em Portugal, a forma como o sector é (des)regulado, a maneira como se protegem interesses instalados e se prejudica o surgimento de novas alternativas e investidores na paisagem audiovisual portuguesa. O que tenho lido dos desreguladores e seus especialistas sobre esta matéria é preocupante – e este é um daqueles casos em que não vale a pena inventar a roda. A Europa está cheia, neste domínio, de muitos e variados exemplos do que se deve e do que não se deve fazer. É só estudar e pensar – eu sei, é pedir muito ao Estado que faça isso.
LER – Deixem de lado os preconceitos e leiam «Percepções e Realidade», de Pedro Santana Lopes. É um relato surpreendentemente pouco egocêntrico de como é a vida dentro do poder e no meio de uma crise política. É um lado da História que vale a pena conhecer, ainda por cima recheado de detalhes. Quem conhece minimamente Santana Lopes sabe que ele tem uma memória de elefante e essa é uma das grandes curiosidades deste livro.
OUVIR – A partir de um conjunto de gravações (tecnicamente deficientes) efectuadas nos anos 70 em Inglaterra e na Alemanha, em que Ray Charles era acompanhado pela orquestra de Count Basie, o produtor John Burk conseguiu, ao longo de quatro laboriosos meses de trabalho de estúdio, chegar ao resultado final que agora é apresentado em disco. O som foi todo reequilibrado, algumas partes foram regravadas com músicos que participaram na orquestra de Basie, os arranjos originais do próprio Ray Charles foram respeitados e sobretudo foram preservadas as suas excepcionais interpretações vocais de temas clássicos como «Let The Good Times Roll», «I Can’t Stop Loving You», «Come Live With Me» ou «How Long Hás This Been Going On?». O resultado final é um CD espantoso, «Ray Sings, Basie Swings», agora editado pela Concord, distribuição Universal.
VER – A nova exposição de Inez Teixeira, na Galeria VPFCream Arte (rua da Boavista 84,2º, Lisboa). A exposição segue a linha da produção recente da pintora, mas revela uma nova forma de trabalhar a luz e a cor, em complemento ao minucioso trabalho, cada vez mais orgânico e físico, que marca a sua actividade dos últimos anos.
DESCOBRIR – Ponha na agenda do próximo Domingo: pelas 16h00, no CCB, uma mostra de cinco incontornáveis documentários produzidos por cineastas catalães e que retratam episódios da História daquela região de Espanha: «As crianças perdidas do franquismo», «Vermelho e Negro», «As Valas do Silêncio», «O Amigo Americano» e o fortíssimo «Doze Horas de Vida, A execução de Puig Antich». A mostra destes documentários produzidos pela TV3-Televisão da Catalunha, está inserida nas Jornadas «Catalunha em Lisboa», uma iniciativa do Secretário da Comunicação do Governo da Catalunha, Ramon Font.
O MELHOR DA SEMANA –O estudo da União Europeia sobre o peso da Cultura na Economia. Aqui a Cultura é entendida em sentido lato e abrange desde a arquitectura ao entretenimento, passando pela publicidade – chamemos-lhe indústrias criativas, que é um termo em voga. Só trogloditas encartados é que olham para o estímulo da criatividade como um problema. Afinal a cultura tem peso na economia – em Portugal vale 1,4 do PIB, é o terceiro contribuinte, logo a seguir aos produtos alimentares e bebidas e aos têxteis.
O PIOR DA SEMANA – A história muito mal contada do rompimento da coligação PSD-PP na Câmara Municipal de Lisboa. Retenho uma frase do comunicado de Maria José Nogueira Pinto: a proposta de Carmona Rodrigues contra a qual votou «não correspondia ao agendado nem ao previamente acordado». Quando se olha para a referida proposta percebe-se que ela é resultante de um arranjinho palaciano – com alguém que não a vereadora do PP.
BACK TO BASICS – «Quando se diz de um governo que ele é eficiente, podem começar a procurar por sinais de ditadura» - Harry Truman
LER – Deixem de lado os preconceitos e leiam «Percepções e Realidade», de Pedro Santana Lopes. É um relato surpreendentemente pouco egocêntrico de como é a vida dentro do poder e no meio de uma crise política. É um lado da História que vale a pena conhecer, ainda por cima recheado de detalhes. Quem conhece minimamente Santana Lopes sabe que ele tem uma memória de elefante e essa é uma das grandes curiosidades deste livro.
OUVIR – A partir de um conjunto de gravações (tecnicamente deficientes) efectuadas nos anos 70 em Inglaterra e na Alemanha, em que Ray Charles era acompanhado pela orquestra de Count Basie, o produtor John Burk conseguiu, ao longo de quatro laboriosos meses de trabalho de estúdio, chegar ao resultado final que agora é apresentado em disco. O som foi todo reequilibrado, algumas partes foram regravadas com músicos que participaram na orquestra de Basie, os arranjos originais do próprio Ray Charles foram respeitados e sobretudo foram preservadas as suas excepcionais interpretações vocais de temas clássicos como «Let The Good Times Roll», «I Can’t Stop Loving You», «Come Live With Me» ou «How Long Hás This Been Going On?». O resultado final é um CD espantoso, «Ray Sings, Basie Swings», agora editado pela Concord, distribuição Universal.
VER – A nova exposição de Inez Teixeira, na Galeria VPFCream Arte (rua da Boavista 84,2º, Lisboa). A exposição segue a linha da produção recente da pintora, mas revela uma nova forma de trabalhar a luz e a cor, em complemento ao minucioso trabalho, cada vez mais orgânico e físico, que marca a sua actividade dos últimos anos.
DESCOBRIR – Ponha na agenda do próximo Domingo: pelas 16h00, no CCB, uma mostra de cinco incontornáveis documentários produzidos por cineastas catalães e que retratam episódios da História daquela região de Espanha: «As crianças perdidas do franquismo», «Vermelho e Negro», «As Valas do Silêncio», «O Amigo Americano» e o fortíssimo «Doze Horas de Vida, A execução de Puig Antich». A mostra destes documentários produzidos pela TV3-Televisão da Catalunha, está inserida nas Jornadas «Catalunha em Lisboa», uma iniciativa do Secretário da Comunicação do Governo da Catalunha, Ramon Font.
O MELHOR DA SEMANA –O estudo da União Europeia sobre o peso da Cultura na Economia. Aqui a Cultura é entendida em sentido lato e abrange desde a arquitectura ao entretenimento, passando pela publicidade – chamemos-lhe indústrias criativas, que é um termo em voga. Só trogloditas encartados é que olham para o estímulo da criatividade como um problema. Afinal a cultura tem peso na economia – em Portugal vale 1,4 do PIB, é o terceiro contribuinte, logo a seguir aos produtos alimentares e bebidas e aos têxteis.
O PIOR DA SEMANA – A história muito mal contada do rompimento da coligação PSD-PP na Câmara Municipal de Lisboa. Retenho uma frase do comunicado de Maria José Nogueira Pinto: a proposta de Carmona Rodrigues contra a qual votou «não correspondia ao agendado nem ao previamente acordado». Quando se olha para a referida proposta percebe-se que ela é resultante de um arranjinho palaciano – com alguém que não a vereadora do PP.
BACK TO BASICS – «Quando se diz de um governo que ele é eficiente, podem começar a procurar por sinais de ditadura» - Harry Truman
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