FINALMENTE
A Festa da Música no CCB tinha-se tornado num monstro autofágico que impedia o desenvolvimento coerente de qualquer tentativa de programação. Mega Ferreira fez o que devia quando decidiu largar a megalomania herdada e avançar para novas soluções. Mas ele é das poucas pessoas em Portugal que tem estatuto para poder fazer isto - como se verá, quase certamente, com benefícios a médio prazo para os públicos da música. Fosse qualquer outro a tomar esta medida e não havia de faltar gente a gritar «selvagem!». E então se fosse nalguém do PSD ou PP a sugerir esta medida, o tratamento mais meiguinho seria de asno encartado. A verdade é esta: a Festa da Música era um formato importado, com custos elevadíssimos, feito a pensar numa realidade que não a portuguesa e que cá vinha apenas buscar uma participação nos custos globais da operação. Teve graça fazer a coisa uma ou duas vezes, depois era preciso inventar um conceito que preservasse o público mas que permitisse maior autonomia e, sobretudo, enquadramento na programação global do CCB. Uma coisa fundamental é que no original francês, a Festa da Música é um evento isolado e não parte da programação de um equipamento multidisciplinar como o CCB. E num equipamento deste género só por excepção se pode conceber alguma coisa deste género. Faz muito mais sentido encontrar uma fórmula alternativa e o piano é um meio ideal para isso. Já pensaram nos cruzamentos que podem acontecer? O piano tem momentos únicos...
A Festa da Música no CCB tinha-se tornado num monstro autofágico que impedia o desenvolvimento coerente de qualquer tentativa de programação. Mega Ferreira fez o que devia quando decidiu largar a megalomania herdada e avançar para novas soluções. Mas ele é das poucas pessoas em Portugal que tem estatuto para poder fazer isto - como se verá, quase certamente, com benefícios a médio prazo para os públicos da música. Fosse qualquer outro a tomar esta medida e não havia de faltar gente a gritar «selvagem!». E então se fosse nalguém do PSD ou PP a sugerir esta medida, o tratamento mais meiguinho seria de asno encartado. A verdade é esta: a Festa da Música era um formato importado, com custos elevadíssimos, feito a pensar numa realidade que não a portuguesa e que cá vinha apenas buscar uma participação nos custos globais da operação. Teve graça fazer a coisa uma ou duas vezes, depois era preciso inventar um conceito que preservasse o público mas que permitisse maior autonomia e, sobretudo, enquadramento na programação global do CCB. Uma coisa fundamental é que no original francês, a Festa da Música é um evento isolado e não parte da programação de um equipamento multidisciplinar como o CCB. E num equipamento deste género só por excepção se pode conceber alguma coisa deste género. Faz muito mais sentido encontrar uma fórmula alternativa e o piano é um meio ideal para isso. Já pensaram nos cruzamentos que podem acontecer? O piano tem momentos únicos...
<< Home