LISBOA OUTRA VEZ
Finalmente o resultado eleitoral das autárquicas em Lisboa começou a ter correspondência na gestão da autarquia. Foram precisos três meses para se chegar a um acordo natural, e cuja necessidade era evidente.
O futuro fará a história das pequenas políticas que foram metendo pauzinhos na engrenagem e que dificultaram o que era por demais evidente: a existência natural, à direita, de uma maioria segura e estável.
Como lisboeta esta era uma situação que me arreliava particularmente e não conseguia mesmo perceber a manutenção do desacordo. O que é mais importante: fazer cedências e assegurar um projecto?; ou manter rigidez e desenvolver o imobilismo?.
Uma aliança política pressupõe compromissos, mas se for transparente é melhor – bem melhor – que o governo feito apenas por uma facção. Por isso a entrada do PP e de Maria José Nogueira Pinto para o executivo camarário é uma boa notícia.
Talvez agora se possa começar a desenhar uma estratégia para a cidade, invisível até este momento, para além dos truques da pior velha política que surgiram nestes primeiros meses de mandato.
Nalgumas áreas que me são particularmente caras – como a da Cultura – vejo as declarações programáticas reduzirem-se a anúncios de intenções que apenas satisfazem alguns lóbies numa linha política de cedência a pressões que já caracterizou Amaral Lopes quando foi Secretário de Estado da Cultura. Mas, pior, e mais preocupante, é a manifesta ausência de referências à continuidade de linhas de força estratégicas que vinham dos últimos anos – como o bem sucedido África Festival, que parece ter sido já esquecido. Ainda é cedo para balanços, mas a linha geral que até agora domina é a do espontaneísmo – essa infecciosa manifestação de falta de rumo. Que a coisa se componha é o meu desejo. Sincero.
Finalmente o resultado eleitoral das autárquicas em Lisboa começou a ter correspondência na gestão da autarquia. Foram precisos três meses para se chegar a um acordo natural, e cuja necessidade era evidente.
O futuro fará a história das pequenas políticas que foram metendo pauzinhos na engrenagem e que dificultaram o que era por demais evidente: a existência natural, à direita, de uma maioria segura e estável.
Como lisboeta esta era uma situação que me arreliava particularmente e não conseguia mesmo perceber a manutenção do desacordo. O que é mais importante: fazer cedências e assegurar um projecto?; ou manter rigidez e desenvolver o imobilismo?.
Uma aliança política pressupõe compromissos, mas se for transparente é melhor – bem melhor – que o governo feito apenas por uma facção. Por isso a entrada do PP e de Maria José Nogueira Pinto para o executivo camarário é uma boa notícia.
Talvez agora se possa começar a desenhar uma estratégia para a cidade, invisível até este momento, para além dos truques da pior velha política que surgiram nestes primeiros meses de mandato.
Nalgumas áreas que me são particularmente caras – como a da Cultura – vejo as declarações programáticas reduzirem-se a anúncios de intenções que apenas satisfazem alguns lóbies numa linha política de cedência a pressões que já caracterizou Amaral Lopes quando foi Secretário de Estado da Cultura. Mas, pior, e mais preocupante, é a manifesta ausência de referências à continuidade de linhas de força estratégicas que vinham dos últimos anos – como o bem sucedido África Festival, que parece ter sido já esquecido. Ainda é cedo para balanços, mas a linha geral que até agora domina é a do espontaneísmo – essa infecciosa manifestação de falta de rumo. Que a coisa se componha é o meu desejo. Sincero.
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