PRENDAS DE NATAL
Com o Natal à porta, lembrei-me de escolher algumas prendas, dar-lhes destinatário e ver o que pode acontecer. Aqui vai.
Nada melhor que um clássico para uma figura como o Presidente da República, ainda por cima em fim de mandato. A mais recente edição em português de «Crime e Castigo» de Dostoievsky vem mesmo a calhar para alturas destas.
Para o Primeiro-Ministro tenho uma prendinha singela, muito afeiçoada ao choque tecnológico, que ninguém consegue perceber. Como o assunto passou depois de muitas peripécias para a sua tutela directa, e como não consigo compreender se ele próprio percebe o tal choque, seleccionei um didáctico livrinho para crianças, que me parece muito adequado ao senhor engenheiro: «Um Rapaz Invulgar, O Pequeno Einstein», de Don Brown.
Para o candidato Cavaco Silva encontrei a prenda adequada em «A República», de Platão. Cheira-me que, a ser eleito, lhe pode vir a ser bem útil, sobretudo o diálogo entre Sócrates e Glauco no início da «Alegoria da Caverna».
Para o candidato Mário Soares, em homenagem à rábula que tem desempenhado, proponho a colecção completa dos DVD’s dos Gatos Fedorentos. Nonsense com nonsense se paga. E sinceramente Soares deve ter sido o inspirador do célebre «eles falam, falam, mas não fazem nada».
Para Marques Mendes encontrei um livro que lhe pode ser muito útil, o mais recente lançamento de Marcelo Rebelo de Sousa, as «Crónicas da Revolução». Pode ser que assim Marques Mendes possa começar a ficar com uma ideia do que se tem passado no país e como se chegou aqui. Andei à procura de algum livro sobre «Como Fazer Oposição», mas depois pareceu-me que qualquer coisa feita pelo Professor Marcelo tem sempre alguma utilidade nessa matéria.
Para Marcelo Rebelo de Sousa juntei um pacotinho de bilhetes de cinema para ele poder ver dez vezes seguidas «O Fatalista», de Diderot, versão João Botelho. Assim sempre pode comparar um filme português sobre a obra do enciclopedista francês com as suas próprias crónicas e ver as semelhanças (que são maiores que as diferenças…)
Para o Ministro da Economia, Manuel de Pinho, não posso encontrar melhor sugestão do que «Portugal Genial», a compilação das crónicas de Carlos Coelho, publicadas no «Diário Económico», para ver se ele consegue ter alguma imagem positiva e construtiva sobre o país. A bem dizer, se pudesse, enviava o dito livrinho a todos os membros do Governo e a todos os líderes partidários – a ver se percebem que estão em Portugal e se vêem o que por cá existe.
Para o Ministro das Obras Públicas ofereço uma caixa gigante do sistema de montagens Meccano, para ver se ele se entretém a fazer as construções que quer sem chatear ninguém nem levar o país à desgraça. Complemento a coisa com uma construção da linha tecnológica da Lego para ver se ele se começa a adequar às modernices.
Para o Ministro das Finanças ofereço uma calculadora e um livro sobre os resultados do choque fiscal na Irlanda, assim como uma cópia do Orçamento de Estado daquele país para ele comparar as taxas dos impostos lá e cá, e confrontar resultados.
Para o Ministro da Justiça acho que a prenda mais adequada seria a sua participação num «reality-show» que o fizesse passar por todo o processo de uma acusação e de um julgamento. Nalguns casos ele não há nada como a experiência para se poder saber bem como as coisas são na realidade.
Para o Ministro da Administração Interna uma inscrição com lugar assegurado na próxima série da «Primeira Companhia». Ele é sempre bom poder sentir o que é o dia a dia do treino militar e um Ministro deve estar preparado para isso. E depois, sempre ganhava alguma notoriedade, que perdeu desde que está naquele lugar.
Para os Directores Gerais do Ministério da Cultura ofereço, a cada um, uma lupa para ver se descobrem a Ministra, ou sinais dos seus actos ou pensamentos. Ainda pensei em oferecer uma caixa com a primeira série do «CSI», mas depois pareceu-me que era capaz de fazer pensar demais.
Com o Natal à porta, lembrei-me de escolher algumas prendas, dar-lhes destinatário e ver o que pode acontecer. Aqui vai.
Nada melhor que um clássico para uma figura como o Presidente da República, ainda por cima em fim de mandato. A mais recente edição em português de «Crime e Castigo» de Dostoievsky vem mesmo a calhar para alturas destas.
Para o Primeiro-Ministro tenho uma prendinha singela, muito afeiçoada ao choque tecnológico, que ninguém consegue perceber. Como o assunto passou depois de muitas peripécias para a sua tutela directa, e como não consigo compreender se ele próprio percebe o tal choque, seleccionei um didáctico livrinho para crianças, que me parece muito adequado ao senhor engenheiro: «Um Rapaz Invulgar, O Pequeno Einstein», de Don Brown.
Para o candidato Cavaco Silva encontrei a prenda adequada em «A República», de Platão. Cheira-me que, a ser eleito, lhe pode vir a ser bem útil, sobretudo o diálogo entre Sócrates e Glauco no início da «Alegoria da Caverna».
Para o candidato Mário Soares, em homenagem à rábula que tem desempenhado, proponho a colecção completa dos DVD’s dos Gatos Fedorentos. Nonsense com nonsense se paga. E sinceramente Soares deve ter sido o inspirador do célebre «eles falam, falam, mas não fazem nada».
Para Marques Mendes encontrei um livro que lhe pode ser muito útil, o mais recente lançamento de Marcelo Rebelo de Sousa, as «Crónicas da Revolução». Pode ser que assim Marques Mendes possa começar a ficar com uma ideia do que se tem passado no país e como se chegou aqui. Andei à procura de algum livro sobre «Como Fazer Oposição», mas depois pareceu-me que qualquer coisa feita pelo Professor Marcelo tem sempre alguma utilidade nessa matéria.
Para Marcelo Rebelo de Sousa juntei um pacotinho de bilhetes de cinema para ele poder ver dez vezes seguidas «O Fatalista», de Diderot, versão João Botelho. Assim sempre pode comparar um filme português sobre a obra do enciclopedista francês com as suas próprias crónicas e ver as semelhanças (que são maiores que as diferenças…)
Para o Ministro da Economia, Manuel de Pinho, não posso encontrar melhor sugestão do que «Portugal Genial», a compilação das crónicas de Carlos Coelho, publicadas no «Diário Económico», para ver se ele consegue ter alguma imagem positiva e construtiva sobre o país. A bem dizer, se pudesse, enviava o dito livrinho a todos os membros do Governo e a todos os líderes partidários – a ver se percebem que estão em Portugal e se vêem o que por cá existe.
Para o Ministro das Obras Públicas ofereço uma caixa gigante do sistema de montagens Meccano, para ver se ele se entretém a fazer as construções que quer sem chatear ninguém nem levar o país à desgraça. Complemento a coisa com uma construção da linha tecnológica da Lego para ver se ele se começa a adequar às modernices.
Para o Ministro das Finanças ofereço uma calculadora e um livro sobre os resultados do choque fiscal na Irlanda, assim como uma cópia do Orçamento de Estado daquele país para ele comparar as taxas dos impostos lá e cá, e confrontar resultados.
Para o Ministro da Justiça acho que a prenda mais adequada seria a sua participação num «reality-show» que o fizesse passar por todo o processo de uma acusação e de um julgamento. Nalguns casos ele não há nada como a experiência para se poder saber bem como as coisas são na realidade.
Para o Ministro da Administração Interna uma inscrição com lugar assegurado na próxima série da «Primeira Companhia». Ele é sempre bom poder sentir o que é o dia a dia do treino militar e um Ministro deve estar preparado para isso. E depois, sempre ganhava alguma notoriedade, que perdeu desde que está naquele lugar.
Para os Directores Gerais do Ministério da Cultura ofereço, a cada um, uma lupa para ver se descobrem a Ministra, ou sinais dos seus actos ou pensamentos. Ainda pensei em oferecer uma caixa com a primeira série do «CSI», mas depois pareceu-me que era capaz de fazer pensar demais.
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