ESCRITA IMPRESSA
Hoje, porque é sexta, a Esquina aparece na sua edição impressa, no «Jornal de Negócios». Excertos: É certo que esta semana estamos todos com os olhos postos em Bagdad, à procura de perceber como se pode sair da situação que se criou. Este Verão, em Bagdad, é escaldante e, quando há poucos dias atrás li um artigo sobre o quotidiano estival dessa cidade em guerra, senti que íamos ainda assistir a muito horror. Veio súbito, com o atentado contra a sede da ONU. Para contraste, a encabeçar o artigo uma fotografia, magnífica, de um soldado americano a mergulhar na piscina do palácio do filho de Saddam, Uday Hussein, descrita mais à frente como o único local de Bagdad onde é possível iludir o calor.
O artigo de que falo chama-se «Iraq’s Bloody Summer» e é uma longa reportagem de Jon Lee Anderson para a revista «The New Yorker», na sua edição de 11 de Agosto. É sem dúvida um dos melhores trabalhos de reportagem que tenho tido ocasião de ler. É o relato de um ocidental que se sente um alvo nas ruas de uma cidade, de um jornalista que sente como há uma resistência que se organiza, que relata conversas, como estas a propósito de atentados, tida com um Iman:«Que pensa desse género de acções?»- pergunta Anderson; e responde o Iman: «Esse é o sentir do povo».
É redutora certamente a conversa, muito mais este excerto, mas o que a reportagem de Anderson tem é conseguir tirar-nos do imediatismo noticioso, é distanciar-se dos factos isolados. Ao longo de 12 páginas Anderson traça um relato impressionista da cidade e da situação. Valia bem a pena que alguém publicasse por cá este texto.
Hoje, porque é sexta, a Esquina aparece na sua edição impressa, no «Jornal de Negócios». Excertos: É certo que esta semana estamos todos com os olhos postos em Bagdad, à procura de perceber como se pode sair da situação que se criou. Este Verão, em Bagdad, é escaldante e, quando há poucos dias atrás li um artigo sobre o quotidiano estival dessa cidade em guerra, senti que íamos ainda assistir a muito horror. Veio súbito, com o atentado contra a sede da ONU. Para contraste, a encabeçar o artigo uma fotografia, magnífica, de um soldado americano a mergulhar na piscina do palácio do filho de Saddam, Uday Hussein, descrita mais à frente como o único local de Bagdad onde é possível iludir o calor.
O artigo de que falo chama-se «Iraq’s Bloody Summer» e é uma longa reportagem de Jon Lee Anderson para a revista «The New Yorker», na sua edição de 11 de Agosto. É sem dúvida um dos melhores trabalhos de reportagem que tenho tido ocasião de ler. É o relato de um ocidental que se sente um alvo nas ruas de uma cidade, de um jornalista que sente como há uma resistência que se organiza, que relata conversas, como estas a propósito de atentados, tida com um Iman:«Que pensa desse género de acções?»- pergunta Anderson; e responde o Iman: «Esse é o sentir do povo».
É redutora certamente a conversa, muito mais este excerto, mas o que a reportagem de Anderson tem é conseguir tirar-nos do imediatismo noticioso, é distanciar-se dos factos isolados. Ao longo de 12 páginas Anderson traça um relato impressionista da cidade e da situação. Valia bem a pena que alguém publicasse por cá este texto.
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