REGISTAR – Uma bela e esclarecedora entrevista de João Rendeiro à revista on-line www.artecapital.net onde aborda temas como a a Fundação Ellipse e o acordo entre o Estado português e Joe Berardo. Excerto, sobre os termos desse acordo: «O ponto mais frágil do acordo é a contribuição anual de 500 mil euros que o Estado faz para compras, no quadro daquela colecção. Acho que esse é o ponto mais frágil, no sentido em que, se o Estado não comprar a Colecção Berardo, as compras entretanto feitas - que, num horizonte de dez anos, ainda são 5 milhões de euros, o que é uma verba significativa do ponto de vista do montante que o Estado gasta anualmente em aquisições em Portugal - ficam sem lógica do ponto de vista da sua aquisição.»
VER – Até dia 18 de Junho ainda pode descobrir no Museu do Chiado – Museu Nacional de Arte Contemporânea uma exposição antológica sobre a produção artística portuguesa das décadas de 40 e 50, que fazem parte da colecção do Museu. Foi uma época marcada pela guerra e pelo consolidar de poder de Salazar, pela Exposição do Mundo Português. Aqui pode ver obras de Almada Negreiros, Nadir Afonso, Querubim Lapa, Júlio Pomar, Jorge Vieira, Manuel d’Assumpção, Vespeira, Jorge Oliveira ou Vieira da Silva, entre outros. Esta exposição é uma forma de revisitar o que foram aqueles anos, entre o neo-realismo e a explosão surrealista. Rua Serpa Pinto 4, de terça a Domingo entre as 10h00 e as 18h00 – crónico problema dos museus, estão abertos só para quem não trabalha.
LER – Gosto muito de ler Alberto Gonçalves, um sociólogo que escreve regularmente no «Correio da Manhã» e na «Sábado» e que é, na minha opinião, um dos mais lúcidos observadores da sociedade portuguesa. «Selecção Nacional» é uma colectânea dos seus textos publicados entre 1999 e 2006 e pode ser adquirida nas bancas de jornais, juntamente com a «Sábado» ou o «CM». Alberto Gonçalves também pode ser seguido através do blog www.homem-a-dias.blogspot.com .
OUVIR – O mundo está cheio de grandes vozes que não sabem cantar, de jovens prodígios de timbre cristalino e zero de emoção. Felizmente há excepções e Erin Boheme, com apenas 19 anos, fez um disco que junta composições origianis que ela escreveu, com interpretações de clássicos como «Let’s Do It» de Cole Porter, «I Love Being Here With You» de Peggy Lee ou «Teach Me Tonight» de Sammy Cahn, um tema popularizado por Frank Sinatra. Uma das canções originais deste álbum de estreia de Erin Boheme é precisamente dedicada a Sinatra, «A Night With Frank». Para além da surpreendente maturidade de interpretação e de escrita de Boheme, o seu disco destaca-se pela qualidade da produção e do leque de músicos que com ela trabalharam e que fizeram desta gravação um dos discos de jazz vocal mais curiosos que ouvi nos últimos tempos. CD Concord, distribuído por Universal Music.
COMER – Gosto muito de peixe fresco, bem cozinhado – o que na maior parte das vezes quer dizer bem grelhado – uma operação aparentemente simples, mas de uma rara complexidade e que muito frequentemente é mal feita. O peixe fresco ganha todo o seu esplendor com um pouco de sal e umas brasas no ponto certo. Isto tanto se aplica aos injustamente esquecidos carapaus, como aos mais saborosos linguados. E aplica-se também a outros peixes mais raros – já que grande parte dos restaurantes anda permanentemente reduzido às espécies mais comerciais – robalo, garoupa, etc. De lado ficam coisas magníficas como o imperador, um peixe saborosíssimo e que nem sempre é fácil de encontrar em restaurantes. Um dos sítios onde ainda se consegue comer bom peixe, a preços aceitáveis, bem cozinhado e em boa variedade, é a região de Setúbal. Há poucos dias experimentei um pequeno e discreto restaurante-marisqueira em Brejos de Azeitão, apropriadamente chamado «O Pescador». Casa simples mas bem arranjada, serviço simpático, qualidade excelente, preço honesto. Para a mesa vieram amêijoas (à Bulhão Pato, que estavam excelentes), linguado e imperador. Estava tudo muito bom e o jantar não podia ter corrido melhor. A casa é dos mesmos proprietário de «O Arpão», na Quinta do Conde, mas eu prefiro francamente este «Pescador», mais simples, menos barulhento e mais simpático. «O Pescador» fica na Rua São Gonçalo, Lote 31, Loja 4 e tem o telefone 212191843, Brejos de Azeitão.
BACK TO BASICS – Começar bem alguma coisa é meio caminho andado para ela ficar feita – Aristóteles.
VER – Até dia 18 de Junho ainda pode descobrir no Museu do Chiado – Museu Nacional de Arte Contemporânea uma exposição antológica sobre a produção artística portuguesa das décadas de 40 e 50, que fazem parte da colecção do Museu. Foi uma época marcada pela guerra e pelo consolidar de poder de Salazar, pela Exposição do Mundo Português. Aqui pode ver obras de Almada Negreiros, Nadir Afonso, Querubim Lapa, Júlio Pomar, Jorge Vieira, Manuel d’Assumpção, Vespeira, Jorge Oliveira ou Vieira da Silva, entre outros. Esta exposição é uma forma de revisitar o que foram aqueles anos, entre o neo-realismo e a explosão surrealista. Rua Serpa Pinto 4, de terça a Domingo entre as 10h00 e as 18h00 – crónico problema dos museus, estão abertos só para quem não trabalha.
LER – Gosto muito de ler Alberto Gonçalves, um sociólogo que escreve regularmente no «Correio da Manhã» e na «Sábado» e que é, na minha opinião, um dos mais lúcidos observadores da sociedade portuguesa. «Selecção Nacional» é uma colectânea dos seus textos publicados entre 1999 e 2006 e pode ser adquirida nas bancas de jornais, juntamente com a «Sábado» ou o «CM». Alberto Gonçalves também pode ser seguido através do blog www.homem-a-dias.blogspot.com .
OUVIR – O mundo está cheio de grandes vozes que não sabem cantar, de jovens prodígios de timbre cristalino e zero de emoção. Felizmente há excepções e Erin Boheme, com apenas 19 anos, fez um disco que junta composições origianis que ela escreveu, com interpretações de clássicos como «Let’s Do It» de Cole Porter, «I Love Being Here With You» de Peggy Lee ou «Teach Me Tonight» de Sammy Cahn, um tema popularizado por Frank Sinatra. Uma das canções originais deste álbum de estreia de Erin Boheme é precisamente dedicada a Sinatra, «A Night With Frank». Para além da surpreendente maturidade de interpretação e de escrita de Boheme, o seu disco destaca-se pela qualidade da produção e do leque de músicos que com ela trabalharam e que fizeram desta gravação um dos discos de jazz vocal mais curiosos que ouvi nos últimos tempos. CD Concord, distribuído por Universal Music.
COMER – Gosto muito de peixe fresco, bem cozinhado – o que na maior parte das vezes quer dizer bem grelhado – uma operação aparentemente simples, mas de uma rara complexidade e que muito frequentemente é mal feita. O peixe fresco ganha todo o seu esplendor com um pouco de sal e umas brasas no ponto certo. Isto tanto se aplica aos injustamente esquecidos carapaus, como aos mais saborosos linguados. E aplica-se também a outros peixes mais raros – já que grande parte dos restaurantes anda permanentemente reduzido às espécies mais comerciais – robalo, garoupa, etc. De lado ficam coisas magníficas como o imperador, um peixe saborosíssimo e que nem sempre é fácil de encontrar em restaurantes. Um dos sítios onde ainda se consegue comer bom peixe, a preços aceitáveis, bem cozinhado e em boa variedade, é a região de Setúbal. Há poucos dias experimentei um pequeno e discreto restaurante-marisqueira em Brejos de Azeitão, apropriadamente chamado «O Pescador». Casa simples mas bem arranjada, serviço simpático, qualidade excelente, preço honesto. Para a mesa vieram amêijoas (à Bulhão Pato, que estavam excelentes), linguado e imperador. Estava tudo muito bom e o jantar não podia ter corrido melhor. A casa é dos mesmos proprietário de «O Arpão», na Quinta do Conde, mas eu prefiro francamente este «Pescador», mais simples, menos barulhento e mais simpático. «O Pescador» fica na Rua São Gonçalo, Lote 31, Loja 4 e tem o telefone 212191843, Brejos de Azeitão.
BACK TO BASICS – Começar bem alguma coisa é meio caminho andado para ela ficar feita – Aristóteles.
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