October 08, 2003

O'CONNOR, O MINISTRO E O ENSINO
Um leitor d'Aesquina, Luis F., evoca esse grande actor que foi Donald O'Connor, fala do caso do Ministro dos Negócios Estrangeiros, dos jornais tendenciosos e do ensino universitário: Não sabia que tinha morrido e como fã que sou não consegui reprimir a vontade de te escrever algo sobre ele. Para mim a cena em que interpreta "Make'em laugh" (Singin'in the rain) também é uma referência como aquela em que aparece com Gene Kelly e Debbie Reynolds a dançar e cantar (cenário) pela casa toda. Foi um extraordinário bailarino nos fifties teve como muitos outros o "azar de ser contemporâneo de um Gene Kelly ou de um Fred Astaire em fim de carreira. Outros como Bob Fosse também o foram e tiveram o mesmo problema de notoriedade cinéfila.
Outra situação em que o recordo é no "Buster Keaton story" onde desempenha o papel daquele que em Portugal foi conhecido pelo Pamplinas e que foi o maior rival de Chaplin no mudo cómico.
Mudando de assunto e sobre a independencia da BBC, achei curiosa a tua menção. O problema da independencia ou não dos jornais não me preocupa particularmente. Para mim o que é problemático é os jornais aparecerem como independentes, ou "neutrais" politicamente mas de facto terem uma tendência definida o predominante que aparece subliminarmente como acontece com grande parte da imprensa portuguesa. Como é referido no teu post em Inglaterra, ou ainda na França ou Espanha por exemplo sabemos que quando compramos o Le Figaro, o Daily Telegraph ou o ABC temos uma linha e quando compramos o El Pais, o Guardian ou o Le Monde outra.
Claro que no caso da BBC como no da RTP o carácter público deveria implicar uma independencia e um pluralismo não querendo isso dizer uma opiniâo "amalgamada", mas sim um comentário com as várias perspectivas cada uma com a sua coerência.
O caso Martins da Cruz - Pedro Lynce é uma tristeza a ser verdade o que se tem ouvido na imprensa. Note-se que como tu sou um eleitor "à direita" do expectro político daí apoiar este governo e Durão Barroso, mas a actuação de Martins da Cruz é altamente condenável em termos éticos e também pelo mal que faz á maioria e ao governo, quando este precisa de serenidade e já tem inúmeros problemas pela frente que decorrem do esforço reformista, que muito bem está a empreender.
Quanto a mim o acesso a Medicina como a qualquer curso deve ser feito exclusivamente pela nota do exame de admissão, sendo preferível que a médio prazo ele seja da responsabilidade da própria universidade. Assim acabaria esta imoralidade que é a inflação de notas no ensino precedente e a aldrabice classificativa do sistema escolar obrigatório. O nº de vagas dependeria das necessidades do país e das capacidades das faculdades para leccionarem esses alunos. Uma vez estabelecido o nº de vagas entravam os melhores classificados no exame.
. Mais pormenores em
largo do rato