O JANTAR
Há um jantar em Belém. Por junto é a única notícia do dia. A ver vamos se sai sumo ou se é só conversa. Juntar é fácil, mudar é que é mais difícil.
E, depois, não sei bem se a muitos interessa mudar: há quem continue a pensar que não interessa o que acontece aos outros desde que connosco continue tudo bem. Há quem continue a achar que os princípios são uma ideia geral. Há quem continue a achar que somos todos iguais, mas que uns são mais iguais que outros. Há quem continue, pura e simplesmente, a não se interessar enquanto o caso não lhe bater à porta. Isto resume, penso eu, o que se passou no país nos últimos seis meses.
Acho bem que se mude o que tiver de mudar, que se corrija o que estiver mal, que haja consenso sobre estas coisas, mas que se faça justiça, que não se protejam ainda mais os que já são protegidos, que não se estabeleçam protecções especiais a coberto de cargos. Para o cidadão comum o que interessa é que sejamos de facto todos iguais, com os mesmos direitos e deveres. Entre os políticos há quem, subliminarmente, queira um tratamento especial. Entre os jornalistas, convém dizê-lo, também surgem vozes a apelar a uma «descriminação positiva».
Este filme tem justiceiros a mais, esperemos que as verdadeiras vítimas, os que foram molestados, não acabem mais vítimas ainda de protecções especiais que se estabeleçam e que acabem por levar este caso a lado nenhum.
Há um jantar em Belém. Por junto é a única notícia do dia. A ver vamos se sai sumo ou se é só conversa. Juntar é fácil, mudar é que é mais difícil.
E, depois, não sei bem se a muitos interessa mudar: há quem continue a pensar que não interessa o que acontece aos outros desde que connosco continue tudo bem. Há quem continue a achar que os princípios são uma ideia geral. Há quem continue a achar que somos todos iguais, mas que uns são mais iguais que outros. Há quem continue, pura e simplesmente, a não se interessar enquanto o caso não lhe bater à porta. Isto resume, penso eu, o que se passou no país nos últimos seis meses.
Acho bem que se mude o que tiver de mudar, que se corrija o que estiver mal, que haja consenso sobre estas coisas, mas que se faça justiça, que não se protejam ainda mais os que já são protegidos, que não se estabeleçam protecções especiais a coberto de cargos. Para o cidadão comum o que interessa é que sejamos de facto todos iguais, com os mesmos direitos e deveres. Entre os políticos há quem, subliminarmente, queira um tratamento especial. Entre os jornalistas, convém dizê-lo, também surgem vozes a apelar a uma «descriminação positiva».
Este filme tem justiceiros a mais, esperemos que as verdadeiras vítimas, os que foram molestados, não acabem mais vítimas ainda de protecções especiais que se estabeleçam e que acabem por levar este caso a lado nenhum.
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