ESQUIRE
(excertos da edição impressa da Esquina da semana passada)
Leio a «Esquire» regularmente desde há uns 20 anos. Habituei-me às suas secções. Gosto de ver as suas páginas, de ler os seus artigos, de descobrir as suas revelações.
Muito da «Esquire» tem a ver com revelações. Com descobertas. Com o criar de um estilo, de uma moda. Com o mostrar o que ainda não tinha sido mostrado. Com o explicar o que se pensava não poder ter explicação.
Nas suas exemplares entrevistas descobri pessoas onde antes só via celebridades. Isto não é dizer pouco de quem fez estas entrevistas. Ao longo da minha vida de jornalista, quando tive oportunidade de fazer entrevistas (muito menos vezes do que gostaria) foi este o estilo que tentei seguir. Muitas vezes inspirei-me em ideias da «Esquire» para alinhar eu próprio secções e edições.
A «Esquire»começou há setenta anos nos Estados Unidos, no meio da Depressão. Era a primeira revista americana direccionada para homens. Não mudou de rumo desde então. A edição de Outubro da «Esquire» celebra os 70 anos da revista em grande estilo. Em primeiro lugar, esta edição reproduz integralmente o artigo que os actuais editores consideram como o melhor de todos os que a revista publicou ao longo da sua existência – trata-se de um perfil de Frank Sinatra, escrito em 1966 por Gay Talese, um dos grandes talentos da «Esquire» e que com esta peça ajudou a redefinir o que é a escrita jornalística em revistas. Chama-se «Frank Sinatra Has A Cold» e vem em separata destacável para guardar.
Igualmente imperdíveis (bolas, detesto esta palavra – mas aqui aplica-se) são as colectâneas de conselhos da já citada secção «Man At His Best» (nos anos 30 aconselhava que a melhor forma de tratar uma senhora era pôr uma gotas de gin no seu copo de água...), mas também as 50 melhores capas da publicação (incluindo o Pai Natal negro de Dezembro de 1963 que levou a desmarcações de publicidade nas edições seguintes no valor de um milhão de dolares...), uma retrospectiva da história da revista, as 70 melhores frases de sempre da «Esquire» e uma ficação sobre como seria John F. Kennedy se ele hoje estivesse vivo e com 86 anos.
Este, acreditem caros amigos, é mesmo um número de colecção, que vale bem mais que muitos livros. Está bem guardadinho na minha estante e já me deu várias noites de prazer. É mais do que se pode dizer da generalidade do que acontece hoje em dia.
(excertos da edição impressa da Esquina da semana passada)
Leio a «Esquire» regularmente desde há uns 20 anos. Habituei-me às suas secções. Gosto de ver as suas páginas, de ler os seus artigos, de descobrir as suas revelações.
Muito da «Esquire» tem a ver com revelações. Com descobertas. Com o criar de um estilo, de uma moda. Com o mostrar o que ainda não tinha sido mostrado. Com o explicar o que se pensava não poder ter explicação.
Nas suas exemplares entrevistas descobri pessoas onde antes só via celebridades. Isto não é dizer pouco de quem fez estas entrevistas. Ao longo da minha vida de jornalista, quando tive oportunidade de fazer entrevistas (muito menos vezes do que gostaria) foi este o estilo que tentei seguir. Muitas vezes inspirei-me em ideias da «Esquire» para alinhar eu próprio secções e edições.
A «Esquire»começou há setenta anos nos Estados Unidos, no meio da Depressão. Era a primeira revista americana direccionada para homens. Não mudou de rumo desde então. A edição de Outubro da «Esquire» celebra os 70 anos da revista em grande estilo. Em primeiro lugar, esta edição reproduz integralmente o artigo que os actuais editores consideram como o melhor de todos os que a revista publicou ao longo da sua existência – trata-se de um perfil de Frank Sinatra, escrito em 1966 por Gay Talese, um dos grandes talentos da «Esquire» e que com esta peça ajudou a redefinir o que é a escrita jornalística em revistas. Chama-se «Frank Sinatra Has A Cold» e vem em separata destacável para guardar.
Igualmente imperdíveis (bolas, detesto esta palavra – mas aqui aplica-se) são as colectâneas de conselhos da já citada secção «Man At His Best» (nos anos 30 aconselhava que a melhor forma de tratar uma senhora era pôr uma gotas de gin no seu copo de água...), mas também as 50 melhores capas da publicação (incluindo o Pai Natal negro de Dezembro de 1963 que levou a desmarcações de publicidade nas edições seguintes no valor de um milhão de dolares...), uma retrospectiva da história da revista, as 70 melhores frases de sempre da «Esquire» e uma ficação sobre como seria John F. Kennedy se ele hoje estivesse vivo e com 86 anos.
Este, acreditem caros amigos, é mesmo um número de colecção, que vale bem mais que muitos livros. Está bem guardadinho na minha estante e já me deu várias noites de prazer. É mais do que se pode dizer da generalidade do que acontece hoje em dia.
<< Home