PARA COMEÇAR O DIA
Que tal um poema? De Silvia Plath? - Assim:
Papoilas em julho
Pequenas papoilas, pequenas chamas infernais,
sois inofensivas?
Estremeceis. Não posso tocar-vos.
Ponho as minhas mãos por entre as chamas. Mas nada
queima.
E fico exausta quando vos vejo
estremecer assim, pregueadas e rubras como a pele da
boca.
Uma boca há pouco ensanguentada.
Pequenas orlas de sangue!
Há nela um fumo que não consigo tocar.
Onde está o vosso ópio, as vossas cápsulas nauseabundas?
Se eu pudesse esvair-me em sangue ou dormir!...
Se a minha boca conseguisse desposar uma tal ferida!
Ou os vossos licores me penetrassem, nesta cápsula de
vidro,
trazendo-me a acalmia e o silêncio.
Mas sem cor. Sem nenhuma cor.
O seu a seu dono: a inspiração e o «copy» vêm do Poesia E Prosa
Que tal um poema? De Silvia Plath? - Assim:
Papoilas em julho
Pequenas papoilas, pequenas chamas infernais,
sois inofensivas?
Estremeceis. Não posso tocar-vos.
Ponho as minhas mãos por entre as chamas. Mas nada
queima.
E fico exausta quando vos vejo
estremecer assim, pregueadas e rubras como a pele da
boca.
Uma boca há pouco ensanguentada.
Pequenas orlas de sangue!
Há nela um fumo que não consigo tocar.
Onde está o vosso ópio, as vossas cápsulas nauseabundas?
Se eu pudesse esvair-me em sangue ou dormir!...
Se a minha boca conseguisse desposar uma tal ferida!
Ou os vossos licores me penetrassem, nesta cápsula de
vidro,
trazendo-me a acalmia e o silêncio.
Mas sem cor. Sem nenhuma cor.
O seu a seu dono: a inspiração e o «copy» vêm do Poesia E Prosa
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